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Agentes territoriais da Política Nacional Aldir Blanc atendem comunidade indígena Xokó

Funcap destaca a participação dos povos originários no centro da política cultural do Estado

11/04/2025 às 10h23
Por: Redação Fonte: Secom Sergipe
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Fotos: Marco Ferro
Fotos: Marco Ferro

O povo Xokó, que vive no município de Porto da Folha, tem sido um dos pontos de atenção no processo de interiorização da cultura conduzido pelo Governo de Sergipe, por meio da Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap). Nesta quinta-feira, 10, no Mês dos Povos Indígenas, um agente territorial da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), representando o alto sertão, esteve na comunidade para dialogar sobre oportunidades dos editais de fomento, ouvir demandas e conhecer de perto a realidade e as necessidades para a preservação do território e das práticas culturais ali mantidas.

Os agentes territoriais têm como atribuições dar suporte na criação de contas, atualização de perfis e submissão de projetos no Mapa Cultural de Sergipe, e prestam esclarecimentos sobre editais de fomento, subsídios culturais, a Política Nacional Cultura Viva e as diretrizes da PNAB. Para o superintendente de Políticas Culturais da Funcap, Alisson Coutto, o trabalho deles é importante para que se chegue a diagnósticos mais precisos sobre os territórios.

“A ação realizada pelos agentes territoriais, dentro da PNAB, é uma estratégia para que a gente possa conhecer de modo mais profundo as demandas e as necessidades da produção cultural sergipana. Não só de levar informação para haver um número maior de projetos inscritos, de forma descentralizada, mas também para a gente conhecer cada ponto, cada localidade e, a partir disso, ter uma política pública mais sólida e mais efetiva dentro do estado”, explicou.

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Ele ainda comentou sobre a relação que se cria entre a Funcap e os fazedores de cultura, a partir do intermédio dos agentes territoriais. “A estimativa da gente é que, além de ter os agentes percorrendo todos os municípios, eles também estejam em locais mais específicos, em que há pouco acesso ou pouco diálogo com a fundação, para que desse modo possamos trabalhar melhor as políticas públicas culturais”, concluiu o superintendente.

Por meio da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), os editais lançados em Sergipe preveem reserva de vagas para indígenas, conforme diretrizes estabelecidas pela legislação federal. A medida busca assegurar a participação desses grupos nos mecanismos de fomento à cultura.

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“Esse trabalho faz parte de uma estratégia que busca descentralizar a nossa cultura. As cotas, presentes nos editais, seja para indígenas, quilombolas, pessoas com deficiência e pessoas pretas, funcionam para oportunizar uma concorrência que seja inclusiva e justa para todos”, contou o agente territorial Anderson Plácido.

O ex-cacique Heleno Bezerra, elogiou a iniciativa. “A gente fica alegre quando aparece pessoas dispostas e bem intencionadas para ajudar nossa cultura. Essa visita nos dá uma esperança de que coisas boas aconteçam para a nossa tribo”, disse.

Para Yayruaná Xokó, uma das lideranças da comunidade, a iniciativa dá mais visibilidade ao seu povo. “Essa foi uma reunião muito importante e produtiva, que chega para atender o que nós estamos buscando, que é fortalecer a nossa cultura e mostrar para todo Sergipe quem é o povo Xokó”, destacou. 

Política Nacional Aldir Blanc

Instituída pela Lei 14.017/2020, a Política Nacional Aldir Blanc foi criada para mitigar os impactos da pandemia de Covid-19 no setor cultural, por meio de ações emergenciais de apoio e fomento, com recursos destinados a iniciativas que visam fortalecer, desenvolver e democratizar o acesso à cultura em Sergipe.

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