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Economist aponta “jogada estranhamente sensata” de Trump com Irã.

Economist aponta “jogada estranhamente sensata” de Trump com Irã.

10/04/2025 às 17h45
Por: Redação Fonte: Agência O Antagonista
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Economist aponta “jogada estranhamente sensata” de Trump com Irã.

Economist aponta “jogada estranhamente sensata” de Trump com Irã.

 

Revista britânica defende iniciativa do presidente americano de buscar diálogo com Irã sobre o programa nuclear.

A revista britânica The Economist publicou uma reportagem sobre o início das conversas entre o governo americano e o Irã marcadas para o próximo sábado, 12.

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Sob o título “A jogada estranhamente sensata de Donald Trump: buscar um acordo com o Irã”, a publicação valoriza a inciativa de Trump no momento em que instaurou uma guerra tarifária contra países.

“Apesar de toda a sua fúria com a insanidade comercial de Trump, o mundo deveria lhe desejar boa sorte em suas negociações com o Irã”, diz trecho.

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Métodos “pouco ortodoxos”

A revista destaca a promessa de Trump de ser um pacificador nas guerras da Ucrânia e em Gaza. Até o momento, contudo, não houve um fim nos dois conflitos.

No entanto, a Economist afirma que “os métodos pouco ortodoxos” do republicano, outrora criticados, podem ajudar a evitar um conflito com Teerã.

“Os Estados Unidos querem conversas diretas; o Irã diz que elas devem ser indiretas, por meio dos omanenses, pelo menos inicialmente. Seja qual for o formato, os riscos não poderiam ser maiores”.

A administração Trump precisará lidar com o possível desenvolvimento de uma bomba nuclear.

Segundo a Economist, Israel quer tomar medidas militares para impedir a ação, com ou sem os Estados Unidos.

A revista, porém, valoriza a iniciativa de diálogo entre os países.

“Qualquer uso da força, rebate o Irã, levaria a uma “guerra catastrófica” que “rapidamente se estenderia por toda a região”. Melhor, certamente, para os velhos inimigos dialogarem”, escreve.

Vantagem?

Na avaliação da Economist, o governo americano conta com a fragilidade do regime iraniano para negociar com Teerã.

Militarmente, o “eixo da resistência” – que é a rede de aliados e representantes do Irã no Oriente Médio – perdeu forças nos últimos anos.

Além disso, o povo iraniano sofre com a piora da economia local. Trump sabe disso.

Até mesmo o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, gravou um vídeo prometendo que “um dia o Irã será livre”.

Ideologia

A revista britânica aponta ainda para uma fragmentação na equipe de segurança nacional de Trump.

Segundo a reportagem, uma parte defende o desmantelamento total das instalações nucleares de Teerã. Outro lado, busca enfraquecer o Irã.

“Um acordo precipitado pode ser ruim. A equipe de segurança nacional do Sr. Trump é esquelética, inexperiente e ideologicamente dividida”, afirma.

E se der errado…

A Economist conclui dizendo que uma negociação fracassada confere a Trump possibilidades: “arriscar um Irã nuclear; deixar Israel bombardear o Irã ou deixar que os próprios Estados Unidos liderem os ataques para garantir um trabalho mais completo”.

Para a revista, a pior das hipóteses, porém, seria deixar o Irã como uma potência nuclear latente o que, de acordo com a reportagem, “seria quase certamente melhor que a guerra”.

“Assim como seus antecessores, ele pode optar por um acordo falho — talvez até pior do que o JCPOA — que deixe o Irã como uma potência nuclear latente. Mas isso seria quase certamente melhor do que a guerra”, conclui.

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