Com o intuito de fortalecer a cultura no estado, a Secretaria Especial da Cultura (Secult) participou, nesta quinta-feira, 10, no Tribunal de Contas de Sergipe (TCE), do evento Cultura nas Capitais. Na ocasião, foram apresentados dados, coletados por meio de uma pesquisa qualitativa, de hábitos culturais da capital sergipana. O estudo faz parte de uma pesquisa maior, que analisou o comportamento dos moradores das 26 capitais brasileiras e do Distrito Federal, revelando padrões de acesso, exclusão e preferências culturais.
O secretário especial Valadares Filho e o secretário executivo Irineu Fontes participaram como palestrantes da primeira mesa redonda do evento, em que debateram sobre o acesso à cultura nas capitais: Desigualdade e diversidade. Para Valadares Filho, o Cultura nas capitais demonstra a importância do diálogo sobre o fomento da cultura, sobre a diversidade e descentralidade do tema. “Foi um debate rico para que os gestores públicos de cultura, em parceria com iniciativa privada, com os artistas e agentes culturais fortaleçam esse diálogo”.
A coleta de dados, feita pelo Instituto Datafolha, oferece uma visão detalhada do acesso à cultura no país, destacando avanços, desigualdades e oportunidades para o setor. Ela apresenta o perfil de quem frequenta cinemas, teatros, museus, shows e outras atrações, revelando a diversidade e a desigualdade no acesso. Entre as capitais do Nordeste, por exemplo, Aracaju é a cidade com o maior percentual de acesso a bibliotecas (26%).
Para Irineu Fontes, a pesquisa com dados é importante para começarmos a desenvolver projetos, políticas públicas. "É só das capitais, mas já é um começo. A capital, às vezes, é o espelho para o interior. É o começo da gente tentar entender o que a gente observa no dia a dia. Por que a juventude tem acesso a outro tipo de cultura? Por que a pessoa madura não tem acesso. Então, a pesquisa ajuda com isso”, disse.
O estudo ouviu 19.500 pessoas em todas as capitais brasileiras, incluindo 600 moradores de Aracaju, entre fevereiro e maio de 2024. O trabalho foi realizado pela JLeiva Cultura & Esporte, com patrocínio do Itaú e do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet) do Ministério da Cultura, com parceria da Fundação Itaú.
A produtora cultural Laís Maciel comemorou a existência do estudo para a capital. “A pesquisa é ótima para termos um norte, para os gestores saberem o que está bom ou não, como podem melhorar a forma como é divulgada a arte, por exemplo, que muitas vezes é pouco vista”.
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