Governador diz que país precisa de “pacificação” e que temas cruciais são deixados de lado diante do julgamento de Bolsonaro.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), criticou o governo Lula por, segundo ele, estar “movido pela pauta eleitoral”.
“A energia está dispersa. Estamos vendo de fato uma antecipação da campanha, e um governo federal movido pela pauta eleitoral. E isso tem um risco, o de tomar decisões erradas”, afirmou.
“Só vai se discutir isso durante meses [julgamento de Jair Bolsonaro]. Estamos deixando de discutir envelhecimento da população, reforma administrativa, reforma do sistema político, economia do conhecimento. O bonde da inteligência artificial vai passar e a gente vai pagar caro para usar depois.”
A declaração foi feita na sexta-feira, 28, durante participação na Arko Conference, evento promovido pela Arko Advice e Galápagos Capital, na capital paulista.
Tarcísio também afirmou que o Brasil precisa de uma “pacificação” e que temas cruciais para o país acabam sendo deixados de lado diante do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O governador também elogiou o presidente da Argentina, Javier Milei, e sugeriu que o Brasil pode enfrentar desafios semelhantes aos do país vizinho.
“Vai ficar uma conta amarga para ser paga no futuro. Alguém terá que tomar medidas impopulares para colocar o Brasil no rumo certo. O Milei fez isso com muita propriedade.”
Logo após Jair Bolsonaro virar réu no STF, Tarcísio publicou no X uma mensagem em apoio ao ex-Bolsonaro, o qual chamou de “principal liderança política do Brasil”.
Na publicação, o governador afirmou que “a verdade prevalecerá” e a “inocência será comprovada”.
“Jair Bolsonaro é a principal liderança política do Brasil, e assim seguirá. Sabemos que esse não é o primeiro e não será o último desafio a ser enfrentado, mas sabemos também que a verdade prevalecerá e sua inocência será comprovada. Estou certo de que Jair Bolsonaro conduzirá esse processo com a coragem que sempre motivou todos ao seu redor. Siga contando comigo e com os milhões de brasileiros que estão ao seu lado.”
Levantamento do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), da Universidade de São Paulo (USP), indicou que 42% dos participantes da manifestação em favor da anistia dos presos do 8 de janeiro de 2023 defendem a candidatura de Tarcísio à Presidência da República de 2026, caso o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) permaneça inelegível.
A pergunta feita aos entrevistados foi: “Se Bolsonaro não puder ser candidato, qual dos nomes a seguir é o melhor para concorrer à presidência?”.
Em segundo lugar, ficou a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que não esteve na manifestação, com 21%. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) recebeu 16% das menções, enquanto o senador e irmão Flávio Bolsonaro obteve 6% das menções.
Outros integrantes da direita, entre os quais os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (União), e de Minas, Romeu Zema (NOVO), foram pouco citados entre os participantes. Ambos não foram ao ato em Copacabana.
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