Economista explica que clima e real mais forte contribuíram.
A carne mais barata chamou a atenção no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) divulgado nesta quinta (27) pelo IBGE. O preço do produto apresentou uma redução de 0,77% nos supermercados em março, de acordo com a prévia da inflação.
O IPCA-15 acompanha a variação dos preços no período entre o dia 16 do mês anterior e o dia 15 do mês atual.
O levantamento inclui diversos tipos de carne, como bovina, suína e outras variedades.
Entre os cortes que mais contribuíram para a queda, destacam-se o peito, com recuo de 3,63%, e o filé mignon, que ficou 3,10% mais barato. Por outro lado, alguns cortes registraram alta, como a picanha, cujo preço subiu 1,34%.
A carne ficou mais barata principalmente por dois fatores. André Braz, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV – Ibre), explicou ao G1 que o clima favorável ajudou bastante, com o aumento das chuvas e, consequentemente, aumento do pasto. Assim, os produtores gastam menos com ração, diminuindo os custos.
Além disso, a força do real é um importante fator na composição do preço da carne. Isso porque a ração dos bois tem soja e milho, commodities negociadas em dólar no mercado internacional.
“Por isso, com a recente valorização do real frente à moeda dos EUA, esses insumos ficaram menos caros, diminuindo o custo da produção”, explica o economista ao G1.
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