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Primeiro paciente que recebeu transplante cardíaco em 2025 no Hospital Metropolitano recebe alta em 10 dias

O primeiro paciente de 2025 a passar por um transplante cardíaco no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, pertencente ao Estado da Paraíba e...

21/03/2025 às 18h42
Por: Redação Fonte: Secom Paraíba
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Foto: Reprodução/Secom Paraíba
Foto: Reprodução/Secom Paraíba

O primeiro paciente de 2025 a passar por um transplante cardíaco no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, pertencente ao Estado da Paraíba e gerenciado pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde), recebeu alta nesta sexta-feira (21). De forma surpreendente, em apenas 10 dias após a cirurgia, Hugo de Araújo Costa, de 47 anos, pôde retornar para casa, onde seguirá com os cuidados necessários para garantir a adaptação do novo coração.

Hugo, que sofria de miocardiopatia isquêmica, após um infarto, e tinha uma vida bastante limitada pela insuficiência cardíaca, celebrou o sucesso do procedimento e a chance de recomeçar. "Graças a Deus estou muito feliz pela recuperação, feliz em voltar para casa e continuar meu tratamento em casa. Quero agradecer a Deus em primeiro lugar, a todo mundo que trabalha no Hospital Metropolitano, pela atenção, pelo sucesso neste transplante", afirmou emocionado.

Além do suporte médico, Hugo destacou a importância do preparo psicológico para enfrentar o transplante. "Isso foi uma soma da minha perseverança, de Deus, dos profissionais do Metropolitano que se dedicaram, do trabalho todo, da parte da captação até o pós-transplante. E também a conscientização que tive junto aos psicólogos e psiquiatras, me preparei para todo este processo", ressaltou.

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A cardiologista Palmira Gomes Amaral explicou a condição que levou Hugo à necessidade do transplante e destacou a rapidez com que ele se recuperou. "Hugo tinha uma condição que deixou o coração fraco, e mesmo com medicação e angioplastia, ele ainda sofria com sintomas que limitavam sua vida. Como ele estava estável, veio de casa para a cirurgia, que foi realizada sem intercorrências. Evoluiu muito bem no pós-operatório, saiu rapidamente do suporte da UTI e vem tolerando muito bem a imunossupressão."

A médica destacou que a evolução de Hugo foi acima da média para casos semelhantes. "Ele realizou a primeira biópsia com sete dias da cirurgia e está com um coração normal. Vamos dar alta antes da segunda biópsia, pois ele consegue vir de casa para cá com tudo agendado, sem necessidade de internação. A alta dele é surpreendente porque, dentro de outros casos que tivemos aqui, quando os pacientes são mais graves, demora mais para a alta. No mundo ideal, todas as altas seriam como a de Hugo, sem intercorrências e com boa recuperação."

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Na recepção do hospital, Hugo foi recebido por uma rodada de aplausos de pacientes, acompanhantes, colaboradores do hospital e da equipe da Capelania, que deixou ainda mais especial a alta dele com um momento de oração e de cânticos religiosos.

Agora, Hugo segue para uma nova etapa em sua recuperação, mantendo o acompanhamento médico rigoroso. Para Edicleide da Silva Nunes, esposa de Hugo, a sensação é de alívio e gratidão. "É só gratidão, quero agradecer a todos por tudo. Os planos agora são de viver intensamente cada momento e ser muito grata por tudo", declarou.

O paciente transplantado fez questão de reconhecer a generosidade da família do doador, que possibilitou sua nova chance de vida. "Quero agradecer à família do doador, pelo gesto de amor que tiveram. Quero dizer a eles que estou carregando um pedaço importante do ente querido que se foi, e que eu prometo cuidar com muito carinho e zelo", disse.

Hugo ainda se comprometeu a incentivar a doação de órgãos: "Vou lutar para conscientizar as pessoas sobre a doação, porque salva vidas e é um ato de amor até com o ente querido que se foi, pois vai salvar outras vidas."

A coordenadora da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante do Metropolitano, Patrícia Monteiro, enfatizou que o Metropolitano tem um compromisso em promover ações de incentivo à doação de órgãos e o trabalho conjunto com a Central de Transplantes tem feito com que o número de doação tenha aumentado consideravelmente.

“As campanhas de incentivo à doação de órgãos são de grande valia, mas neste momento, a nossa gratidão é sempre à família do doador, que mesmo nessa situação difícil se prestou à solidariedade de ajudar outras pessoas a prolongar a vida”, afirmou Patrícia.

Sobre o Metropolitano: O Hospital Metropolitano é um hospital doador, realizando a captação de múltiplos órgãos para transplante que já beneficiaram diversos pacientes que aguardavam na fila única da Central de Transplante. A unidade também recebeu o credenciamento para realização do transplante cardíaco em junho de 2020. Desde então, foi implantado na unidade o Ambulatório de Transplante, para atendimento a pacientes candidatos ao procedimento. Além do transplante em adultos, o Metropolitano tornou-se o 5º hospital público do país habilitado para fazer transplante de coração pediátrico.

Foto: Reprodução/Secom Paraíba
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