O senador Magno Malta (PL-ES) criticou, em pronunciamento no Plenário nesta quarta-feira (19), a alta do custo de vida no país e a postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva diante da inflação. O parlamentar afirmou que os preços dos alimentos dispararam nos últimos meses, dificultando o acesso da população a itens básicos. Ele citou exemplos de produtos que registraram aumentos e cobrou uma resposta do governo.
— O presidente quer saber quem aumentou o preço do ovo, mas nem a galinha está reclamando. Enquanto isso, as pessoas deixam de tomar café. O que se comprava com R$ 200, hoje não se compra com R$ 1 mil. Um quilo de pé de frango custava R$ 1,90, agora custa R$ 12. O brasileiro sente no bolso essa crise, e nós, parlamentares, temos o dever de denunciar essa realidade — afirmou.
O senador também criticou o Supremo Tribunal Federal (STF), alegando que a Corte tem ampliado sua interferência em questões políticas. Ele questionou a imparcialidade do ministro Cristiano Zanin no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e afirmou que há um conflito de interesse no caso.
— O Zanin não se sente impedido de julgar Bolsonaro agora, mas quando veio ser sabatinado [no Senado], se julgava. Não estou inventando nada. O ativismo judicial tomou proporções inaceitáveis. Hoje, o Supremo não apenas interfere em decisões políticas, mas também impõe um modelo de governança que desrespeita a Constituição — alegou.
O parlamentar ainda afirmou ter sido alvo da manipulação de um vídeo no qual foi retratado como embriagado durante um discurso. O senador informou já ter tomado medidas judiciais contra o responsável. Segundo Malta, a inteligência da Polícia do Senado identificou a adulteração do material. Ele ressaltou sua trajetória de 42 anos na recuperação de dependentes químicos e negou as insinuações, afirmando que nunca consumiu álcool e que sua atuação sempre foi voltada para ajudar pessoas a superar o vício.
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