O empreendedorismo feminino já conhecido no mercado em geral, está se ampliando também entre as startups. De acordo com levantamento divulgado pelo Sebrae, mulheres estão à frente de 31% das startups brasileiras. Alinhada com as tendências nacionais, São José do Rio Preto está dentro dessa média. Em 2023, esse número era de apenas 8,65%.
De acordo com a Secretaria Municipal de Planejamento Estratégico, Ciência, Tecnologia e Inovação, levando em consideração as empresas do Parque Tecnológico, 30,9% das startups, deste recorte local, têm mulheres à frente. Com maior presença delas, os segmentos explorados se diversificam e as mulheres passam a trilhar novos caminhos para a construção carreiras e negócios sólidos.
“Das 42 empresas/projetos em pré-incubação, incubação e no Centro Empresarial, 13 delas são lideradas por mulheres. Essa é uma tendência nacional acompanhada por Rio Preto, o que denota que estamos alinhados com o desenvolvimento tecnológico, com a inovação e oferecendo oportunidades de negócios empreendidos por elas”, comemora o Secretário de Planejamento, Mauro Alves dos Santos Júnior.
O Brasil possui, de acordo com a base Sebrae Startups, mais de 18 mil empresas emergentes, em 1.413 cidades do país e Rio Preto está entre os municípios que vem se tornando polo importante do setor.
A cidade já é a oitava do estado em número de startups (83 empresas), de acordo com ranking divulgado pelo Sebrae no final do ano passado. O município fica atrás apenas de São Paulo, Campinas, Ribeirão Preto, São José dos Campos, São Carlos, Sorocaba e Santos.
Ana Ceze, 51 anos é fundadora da Ciranda, uma empresa que trabalha com o desenvolvimento de produtos digitais e é uma das assistidas pelo Parque Tecnológico Karina Bolçone. A startup está fase de pré-incubação do Projeto Elos, uma plataforma para melhorar a interação entre os membros de grupos de networking, voltados para associações e grandes grupos que existem hoje.
“Eu estou na área de Tecnologia desde 1997, e é muito bom ver que cada vez mais têm mulheres nessa área. Eu acho que a gente traz um toque de delicadeza e leveza para a tecnologia, que parece mais fria”, observa Ana.
As mulheres de Rio Preto e região, que estão empreendendo ou pensam em empreender no setor de startups, podem contar com o Parque Tecnológico, mantido pela Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Planejamento Estratégico, Ciência, Tecnologia e Inovação.A pasta é a responsável pela gestão do desenvolvimento econômico local, por meio do Sistema Integrado de Desenvolvimento e Inovação Sustentável (Mini distritos, Distrito Industriais, Eco Parque Empresarial Norte, Parque Tecnológico e Arranjos Produtivos Locais – APLs).
O Parque Tecnológico, em específico, é um ambiente colaborativo destinado ao desenvolvimento e à promoção da ciência, tecnologia e inovação. Trata-se de um espaço destinado para empresas de base tecnológica, que encontram um ambiente ideal para suas atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação, território aberto ao empreende. As principais atividades desempenhadas pelas empresas neste ambiente são: pesquisa, desenvolvimento e inovação; monitoramento de indicadores; contribuição com as empresas do Ecossistema do Parque Tecnológico.
O modelo de acompanhamento reúne consultorias em gestão, consultorias em inovação, capacitações, mentorias e programas desenvolvidos com uma série de instituições parceiras do Parque. Todos os anos, em julho, é publicado um edital, onde todas as pessoas interessadas em empreender podem inscrever seus projetos de startups.
Elisângela Salviano, 42 anos, administradora e sócia na Embratti, já pode ser considerada veterana no empreendedorismo feminino. Sua empresa, que atua no desenvolvimento de software para o segmento ótico, tem 16 anos de existência e evoluir acompanhando a tecnologia, a inovação e o mercado são necessários para a longevidade e o crescimento.
Para ela, empreender no ramo da tecnologia é um grande desafio nos dias de hoje, pois as mudanças no mercado ocorrem de forma extremamente rápida, especialmente em um setor ainda predominantemente masculino. “As mulheres têm se destacado, elas têm conseguido mostrar o seu trabalho, mostrar o seu valor em vários segmentos, e com certeza o ramo de tecnologia não seria diferente. Nós estamos aí com várias empresas, várias startups que a gente vê e que a gente se conecta, onde o papel da mulher é fundamental, até pela sua visão ser um pouco diferente da visão masculina, em muitos casos”, analisa Elisângela.
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