Uma pancada no olho pode ocorrer em diversas situações: durante uma partida de futebol, em brincadeiras, no ambiente de trabalho, em acidentes ou até por distração. Além da dor, esse tipo de lesão demanda cuidados imediatos para evitar complicações graves, que podem até resultar em danos permanentes à visão. O Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, unidade de referência do Governo do Estado da Paraíba, em João Pessoa, destaca-se no atendimento especializado a traumas oculares.
A unidade funciona 24 horas por dia e realiza, em média, mais de mil atendimentos mensais, oferecendo suporte especializado para lesões oculares em adultos e crianças.
Para o diretor-geral do hospital, Laécio Bragante, qualquer lesão ocular exige avaliação imediata. “O paciente deve ser levado ao hospital imediatamente em casos de queimaduras causadas por líquidos aquecidos ou substâncias químicas, lesões causadas por partículas em alta velocidade ou infecções graves que afetem o olho de maneira generalizada. A população pode ficar tranquila, pois em nossa instituição contamos com uma equipe de cirurgiões experientes em trauma ocular, garantindo um atendimento rápido e especializado para preservar a visão dos pacientes”, enfatizou.
De acordo com o coordenador de oftalmologia do hospital, Eduardo Henrique Guerra, as principais lesões tratadas incluem corpos estranhos nos olhos, traumas oculares ou faciais com acometimento ocular, conjuntivites e crises de glaucoma agudo. “Os principais afetados por esses problemas são, principalmente, trabalhadores da construção civil, que estão expostos à poeira, estilhaços e outros materiais; motociclistas que trafegam com a viseira aberta, o que aumenta o risco de impactos com partículas em alta velocidade; e pessoas que manuseiam materiais tóxicos, como produtos de limpeza pesada, solventes e tintas, que podem causar queimaduras químicas e irritações graves nos olhos”, explicou.
Segundo o coordenador, os casos mais frequentes de internação na área de oftalmologia envolvem infecções intraoculares, como endoftalmites e celulites peri-orbitárias, além de traumas oculares perfurantes, que requerem correção cirúrgica. “Essas condições exigem atendimento emergencial e especializado, pois podem comprometer seriamente a visão e, em casos mais graves, levar à perda do olho se não forem tratadas de forma urgente”, alertou.
Um exemplo recente foi o caso do serralheiro Fernando Ribeiro, que buscou atendimento no hospital após um pedaço de madeira atingir seu olho. “Eu senti que havia um ‘cisco’ no meu olho, mas fiquei agoniado porque não consegui tirar de imediato. A irritação aumentou bastante, então decidi vir ao hospital. Graças a Deus, fui atendido rapidamente”, contou.
Casos como o de Fernando são comuns no hospital, especialmente entre profissionais que trabalham com materiais que podem soltar partículas, como serralheiros, pedreiros e carpinteiros. O hospital reforça a importância do uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como óculos de segurança, para prevenir lesões oculares e evitar complicações mais sérias.
A conscientização sobre os riscos e a utilização de medidas preventivas são essenciais para a saúde ocular, uma vez que muitos traumas podem ser evitados com cuidados simples, como o uso de proteção adequada.
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