Na maioria dos países, não deve haver mudanças. No Brasil, espera-se uma alta de um ponto percentual.
No próximo dia 19, temos a “Super Quarta”, quando acontecem as reuniões dos comitês de política monetária nos Estados Unidos (Fomc) e do Brasil (Copom) para decidir sobre taxa de juros. Mas vários outros Bancos Centrais importantes pelo mundo vão discutir e anunciar suas taxas de juros básicas nos próximos dias. Por isso, esse período está sendo chamado de “Super Semana”.
Nos Estados Unidos, depois de um corte de 100 pontos base no final de 2024, o Federal Reserve fez uma parada técnica no final de janeiro, deixando os juros na faixa entre 4,25% a 4,50%. Para esta quarta-feira, é esperado que o Fomc tome uma decisão similar. O mercado aguarda as projeções dos membros do comitê, que serão um guia para os próximos passos da política monetária, especialmente se houver uma revisão altista para a inflação, dada as recentes medidas tarifárias anunciadas por Donald Trump.
O economista e fundador do ICL (Instituto Conhecimento Liberta), Eduardo Moreira, já fez avaliações sobre o quanto as decisões da política monetária nos EUA afetam a economia global.
“A taxa de juros dos EUA é uma taxa de referência para as demais. Essa taxa define quanto pagam os títulos do tesouro americano, os quais o mundo inteiro usa para guardar as suas reservas. Esses são os títulos considerados mais seguros do mundo”, disse.
No Reino Unido, expectativa é que o Banco da Inglaterra (BoE) mantenha as taxas de juros estáveis em 4,5% em 20 de março.
Já na Suíça, segundo analistas citados pela Reuters, aumentou a probabilidade de o Banco Nacional cortar sua taxa dos atuais 0,5% para 0,25% em sua próxima do dia 20 de março, isso para evitar que a inflação caia abaixo de sua meta, entre 0% e 2%. A inflação suíça avançou apenas 0,3% no mês passado.
No Japão e na China, também não é esperada nenhuma ação de política monetária. Na reunião trimestral de política monetária do banco central de Taiwan na quinta-feira, espera-se que as autoridades mantenham a taxa de juros inalterada em 2,0%.
No Chile, as projeções indicam que o Banco Central mantenha sua taxa de juros inalterada em 5%.
No Paraguai, espera-se que o comitê do banco central mantenha a taxa de juros em 6%, assim como aconteceu na última reunião.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central inicia nesta terça (18) mais uma reunião para decidir o futuro da taxa básica de juros, a Selic. Esta será a segunda reunião sob a liderança de Gabriel Galípolo, e o mercado financeiro aguarda o resultado, que será divulgado na quarta-feira (19). A maior parte dos economistas prevê um aumento de um ponto percentual, elevando a Selic de 13,25% para 14,25% ao ano.
Se a expectativa se concretizar, a Selic irá atingir o maior nível desde outubro de 2016. Será a quinta alta consecutiva do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sendo a terceira seguida de 1 ponto percentual (p.p). Previstas desde final de 2024, as três altas de mesmo percentual, segundo reuniões passadas do BC, se justificam “diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação”.
Com informações da InfoMoney
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