Bolsonaro em Pernambuco: “só eu morto vão saber quem será o outro candidato”

Bolsonaro em Pernambuco: "só eu morto vão saber quem será o outro candidato"

Ex-presidente chega ao Recife para cumprir agenda em cidades da região, enquanto enfrenta denúncias da PGR sobre tentativas de golpe e outros casos

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi recebido por um grande número de pessoas nesta segunda-feira (24), na Padaria Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, logo após chegar à cidade para cumprir compromissos em Pernambuco.

"Só eu morto que vão saber quem será o outro candidato", disse em coletiva aos veículos de imprensa locais, embora esteja inelegível até 2030.  "A denúncia da Procuradoria Geral é uma peça de ficção", acrescentou.

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Jair Bolsonaro desembarcou no Aeroporto Internacional do Recife na manhã desta segunda-feira (24), com agenda marcada também para Carpina e Vitória de Santo Antão, dois municípios do interior onde tem reduto eleitoral. 

Após aterrisar, ele chegou num carro preto na Padaria Boa Viagem e fez um pequeno discurso para os apoiadores, dizendo-se feliz de ter voltado ao Nordeste, região que ele virou alvo de suas críticas ácidas por várias vezes.

“Estou aqui mostrando a verdade para todos vocês. Estou aqui porque acredito em vocês e acredito em nosso Deus. O caminho está cheio de espinhos, mas, lá na frente, vamos colher as nossas flores".

O ex-presidente estava ao lado do ex-ministro de Turismo Gilson Machado. Os dois estavam nas laterais do veículo, em pé, cumprimentando os militantes.

Contudo, o ex-presidente enfrenta atualmente desafios legais, após a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), que o acusou de ser o líder de uma tentativa de golpe de Estado, envolvendo outras 33 pessoas.

Não tem motivo para prisão. Tem mais uma arbitrariedade, tá certo? E não tem motivo. Esperar prisão, de jeito nenhum. Alguns dizem até, né, que estou pensando em fugir. Olha, eu estive em Estados Unidos por três meses. Eu pude ter ficado lá, tive oferta para trabalhar por lá.
Jair Bolsonaro, Ex-presidente da República em entrevista à CBN.

Nos próximos meses, a PGR deve divulgar as conclusões de duas investigações adicionais que atingem Bolsonaro e seus aliados: uma sobre um suposto esquema de falsificação de certificados de vacinação e outra que investiga o desvio de joias destinadas à Presidência.

Segundo o ex-presidente, ele está sendo ameçado de prisão o tempo todo, o que dá prosseguimento à narrativa de golpe que, para ele, está sendo feita pelos seus adversários.

"A prisão, ninguém gosta dela. E essa possível prisão, se ocorrer, será por arbitrariedade. Eu costumo dizer, se eu sou tão criminoso assim, por que segui o devido processo legal? O meu foro não é Brasília, como o do Lula não foi. O Lula foi Curitiba. O meu não é Brasília. O meu foro também, se fosse Brasília, seria pelo plenário do Supremo, e não por uma turma do Supremo.

O Alexandre Moraes ameaçando o pai, a esposa e a filha, e ele mudando os seus posicionamentos. Isso quando ocorreu lá atrás, algo parecido, ou menos grave do que isso até, anularam-se praticamente todos os processos da Lava Jato", declarou.

O presidente do PL e ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes Anderson Ferreira (PL), por sua vez, tem enfatizado em seus discursos que “perseguição é um erro e divide o país”. Já a militância petista criou a campanha “Sem anistia”.

"Eu não tenho dúvida: Bolsonaro vai voltar e vai voltar pelos braços do povo", declarou o deputado estadual Alberto Feitosa (PL).