Quase 53 milhões de pessoas vão às urnas para eleger novo parlamento
Quase 53 milhões vão às urnas no domingo (23) para votar em eleições antecipadas do parlamento da Alemanha, conhecido como Bundestag.
Em novembro do ano passado, a coalizão governamental do país entrou em colapso por causa de desentendimentos sobre a economia do país, que levaram o chanceler Olaf Scholz a demitir seu ministro das Finanças. A crise política resultou em um voto de desconfiança, convocado pelo próprio chanceler, que perdeu a votação.
Com isso, o presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, dissolveu a Câmara Baixa do Parlamento e convocou eleições antecipadas para renovar o parlamento e formar um novo governo.
Friedrich Merz é o favorito para se tornar o próximo chanceler da Alemanha. O veterano político, de 69 anos, e seu o partido de centro-direita União Democrata Cristã (CDU) lideram as pesquisas, com cerca de 30% das intenções de voto. O CDU concorre esta eleição em uma coligação formada com o União Social-Cristã (CSU), partido político conservador de orientação democrata cristã do estado da Baviera.
O conservador é do partido da ex-chanceler Angela Merkel, que governou o país entre 2005 e 2021, e é uma rival de longa data do candidato dentro da própria sigla.
Merz tem o endurecimento da política de imigração como foco da campanha. Falando à CNN em Berlim depois da convenção do CDU, o político disse que “controlaria as fronteiras” e devolveria aqueles que entrassem no país sem documentos.
O partido de ultradireita Alternativa para a Alemanha (AfD) está em segundo lugar nas pesquisas, com 20% das intenções de voto. A candidata, Alice Weidel, também defende políticas anti-imigração. A economista, de 46 anos, diz que o fenômeno da “imigração em massa” precisa ser revertido.
O partido de Olaf Scholz, o Social-Democratas (SPD), de centro-esquerda, está em terceiro lugar nas pesquisas, com 16% das intenções de voto. Apesar do dado, em uma entrevista para a revista alemã Der Spiegel, o atual chanceler disse que tem 60% de chance de se manter no cargo, que ocupa desde 2021. Nas últimas eleições, Scholz venceu dos conservadores por uma pequena margem. Agora, o SPD está muito atrás do CDU/CSU e também do AfD.
O SPD, sob comando de Scholz, tem como foco questões sociais. O partido quer o aumento do salário mínimo e que o custo de vida seja acessível. A sigla também defende que pessoas com renda mais alta paguem mais impostos.