Estudos de alternativas estratégicas para a Avon fora da América Latina foram retomados no último mês de dezembro. Ações tem dia de ganhos na bolsa
As operações da Avon fora da América Latina continuam no radar da Natura &Co.
Em fato relevante divulgado ao mercado nesta quinta-feira (20), a empresa explica que vem mantendo tratativas em exclusividade com a gestora IG4 visando uma potencial transação.
As tratativas, no entanto, "estão ainda em estágio inicial e a companhia permanece avaliando outras alternativas estratégicas".
Os estudos de alternativas estratégicas para a Avon fora da América Latina foram retomados no último mês de dezembro e podem incluir uma possível venda, parcerias ou spinoff (uma nova organização a partir de negócios já existentes).
O assunto voltou ao centro das atenções dos investidores depois de reportagem publicada nesta semana apontar para um possível desfecho na negociação.
No pregão de hoje da bolsa, as ações da Natura avançam com ganhos de 2,26%, cotadas a R$ 14, por volta das 14h30.
Na avaliação da XP, embora a visibilidade sobre os possíveis alvos da IG4 ser limitada, a companhia esteve envolvida em discussões de financiamento para sua subsidiária, a Avon Products Inc. (API), o que faz a corretora acreditar que as notícias sinalizam "o potencial interesse da IG4 na API, enquanto reforçam nossa visão de que a Natura deve solucionar o futuro da Avon International no primeiro semestre de 2025", escrevem Danniela Eiger, Gustavo Senday e Laryssa Sumer.
Para a Ativa, dentre os cenários que a companhia avalia, o melhor caminho é a venda da Avon International. Para a corretora, o negócio permitiria "trazer um balanço mais limpo com as operações Latam, que estão mais resilientes.
Esperamos que a empresa chegue à uma conclusão em breve, dado seu histórico de execução ágil com a Aesop e The Body Shop". Em recente relatório, o Goldman Sachs avaliou de forma positiva os avanços na recuperação judicial da Avon International e no processo de fusão das marcas da Avon e da Natura na América Latina.
O banco ressalta que a empresa ainda tem um caminho a percorrer no processo de simplificar as operações, mas ainda assim, elevou a recomendação das ações de neutra para compra.
Já o preço-alvo foi mantido em R$ 16. O banco estima que as receitas da companhia devem crescer 5% em 2025 e 2026, desconsiderando as operações da Avon Internacional. A empresa deve divulgar seus resultados do 4º trimestre de 2024 em 13 de março.