Quarta, 12 de Março de 2025 14:31
(81) 99732-1143
Agronegocios Agronegocios

O preço do café vai diminuir? Ciência e Economia explicam.

O preço do café vai diminuir? Ciência e Economia explicam.

17/02/2025 12h06
Por: Redação Fonte: Olhar Digital
Alta no preço do café: crise cambial, ação de especuladores ou clima? (Imagem: il21/Shutterstock)
Alta no preço do café: crise cambial, ação de especuladores ou clima? (Imagem: il21/Shutterstock)

O preço do café vai diminuir? Ciência e Economia explicam.

 

A safra de café caiu com as crises climáticas, elevando os preços. Oferta reduzida e demanda alta agravam o cenário

A produção de café encolheu com secas e temperaturas extremas, afetando grandes produtores como Brasil e Vietnã. A oferta caiu, mas a demanda segue em alta, puxando os preços para cima. Para piorar, a valorização do dólar e a especulação no mercado aumentam a volatilidade e a incerteza no setor.

Continua após a publicidade
Anúncio

O cenário preocupa exportadores e consumidores. Com o real desvalorizado, vender para fora ficou mais vantajoso, e o Brasil bateu recorde de exportação, superando 50 milhões de sacas em 2024. Mas a pressão sobre os estoques internos mantém os preços elevados.

As projeções para 2025 não são otimistas. Com a produção em queda e o consumo em alta, os preços do café devem seguir em ritmo de alta. O desafio agora é equilibrar oferta e preço sem comprometer o mercado.

Continua após a publicidade
Anúncio

Café no Brasil: paixão que resiste à alta dos preços

Segundo a Pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), o brasileiro bebe, em média, 1.430 xícaras por ano. Mesmo com a alta de 37,4% no preço em 2024, o consumo segue firme. Até dezembro, um pacote de 1 kg do café tradicional chegou a custar R$ 48,90.

Imagem mostra um mapa do Brasil com grãos de café espalhados.
Mesmo com o preço alto, brasileiro ainda dá um jeito de manter o café do dia a dia (Imagem: futuristman/Shutterstock)

O mercado também mudou. Dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) mostram que o país exportou mais de 50 milhões de sacas no último ano. Enquanto isso, cápsulas e cafés especiais ganharam espaço, atraindo consumidores dispostos a pagar mais por qualidade.

Apesar da forte demanda externa, 40% da produção nacional permaneceu no mercado interno. Mas o cenário preocupa. Com a safra ameaçada, especialistas projetam novos aumentos. Ainda assim, para o brasileiro, café caro continua melhor do que ficar sem.

O futuro amargo do café: preço alto e safra em risco

A produção enfrenta desafios, e o cenário não indica alívio para o consumidor. Com a safra reduzida e a demanda crescente, os preços seguem pressionados. O impacto já é sentido no varejo, onde o custo da bebida aumenta sem sinais de estabilização. Enquanto isso, produtores lidam com incertezas sobre as próximas colheitas, ampliando a preocupação no setor.

Imagem mostra gráfico de ações em montagem com grãos de café.
Preço em alta e safra ameaçada: desafios à frente para o café (Imagem: Adao/Shutterstock)

Além das mudanças climáticas, que reduziram a produção, a demanda global disparou. A China entrou forte no mercado e saltou da 20ª para a 6ª posição entre os maiores compradores do café brasileiro desde 2023. O Brasil, maior produtor do mundo, agora vê sua safra cada vez mais disputada.

E a tendência não é animadora. As projeções para a safra de 2025 não são boas, e a oferta deve continuar apertada. Mesmo com 40% da produção ficando no mercado interno, o preço do café pode seguir subindo. A dúvida é: até quando o consumidor vai conseguir pagar?

 

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
Caruaru, PE
Atualizado às 12h03
31°
Tempo nublado

Mín. 21° Máx. 29°

32° Sensação
6.38 km/h Vento
44% Umidade do ar
23% (0.13mm) Chance de chuva
Amanhã (13/03)

Mín. 21° Máx. 32°

Parcialmente nublado
Amanhã (14/03)

Mín. 20° Máx. 33°

Tempo limpo
Anúncio