O presidente Donald Trump cumpriu as ameaças de taxar os produtos importados. No sábado (1), foram confirmadas as tarifas de 25% para produtos do Canadá e México, além da taxa de 10% de importados da China. E a União Europeia que se prepare, porque ela será a próxima.
Os vizinhos dos Estados Unidos já reagiram. O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, anunciou tarifas de 25% sobre US$ 155 bilhões de produtos americanos. Trump alertou que novas tarifas podem ser impostas caso o governo canadense manter a retaliação.
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, também prometeu implementar tarifas aos EUA, em resposta ao “tarifaço” de Trump. Já a China afirmou que processará o governo americano na Organização Mundial do Comércio (OMC).
Os mercados receberam mal as tarifas, que enterraram de vez as apostas de que Trump poderia ter um governo mais amigável. Nesta manhã, as bolsas asiáticas fecharam em baixa, com Tóquio caindo mais de 2% — os mercados chineses ainda estão fechados devido ao feriado de Ano Novo e voltam a operar na quarta-feira (5).
O mercado europeu também está no negativo, com as bolsas caindo mais de 1%. O petróleo, por outro lado, avança, com destaque para o WTI, que é referência no mercado americano, e sobe 2,40%.
Já os futuros de Wall Street operam em queda forte, caindo também mais de 1%. As criptomoedas despencam, com Bitcoin caindo 4% e Ethererum derretendo 16%.
Por aqui, o mercado nacional repercute a postura protecionista americana e deve ter dificuldade para escapar da onda negativa das bolsas internacionais.
Deixando os EUA de lado, se é que será possível, os investidores ficam de olho no Relatório Focus da semana. Será o primeiro após o Comitê de Política Monetária (Copom) elevar a Selic em 1 ponto percentual, para 13,25%, e divulgar uma comunicação mais branda.
Do lado corporativo, a Petrobras (PETR4) divulga seu relatório de produção e venda do quarto trimestre (4T24) após o fechamento do mercado, já fazendo um “esquenta” para a temporada de balanços que começa na quarta-feira.
Além disso, o Congresso retoma as atividades após o recesso parlamentar. O deputado Hugo Motta assume a presidência da Câmara, enquanto Davi Alcolumbre venceu a eleição no Senado.
No último pregão, o Ibovespa (IBOV) devolveu parte dos ganhos na última sessão de janeiro. O principal índice da bolsa brasileira fechou com queda de 0,61%, aos 126.134,94 pontos. Na semana, o índice subiu 3,01% e em janeiro, avançou 4,86% — a primeira alta mensal desde agosto do ano passado.
Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,8366 (-0,28%) — a 10ª queda consecutiva de baixas. Na semana, a divisa acumulou baixa de 1,39%. Já no mês, a moeda norte-americana se desvalorizou 5,56% — a maior queda mensal desde junho de 2023, quando recuou 5,60%.
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O iShares MSCI Brazil (EWZ), o principal fundo de índice (ETF) brasileiro em Nova York, avançou 1,22% no after-market de sexta, cotado a US$ 25,64.
Indicadores econômicos
Agenda – Lula
Agenda – Fernando Haddad
Agenda – Gabriel Galípolo
Bolsas asiáticas
Bolsas europeias (mercado aberto)
Wall Street (mercado futuro)
Commodities
Criptomoedas
Boa segunda-feira e fique de olho no Money Times para acompanhar as notícias do mercado!