Presidente da Colômbia, Gustavo Petro, recusou voos de repatriados colombianos em aviões militares dos EUA.
O governo da Colômbia informou neste domingo (26/1) que vai enviar um avião presidencial para o “retorno digno” dos colombianos que serão deportados dos Estados Unidos.
No texto, o presidente Gustavo Petro diz, ainda, que o país vai liderar os esforços sobre o assunto da migração na assembleia extraordinária da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), convocada para a próxima quinta-feira (30/1).
“O governo da Colômbia, sob a direção do presidente Gustavo Petro, disponibilizou o avião presidencial para facilitar o retorno digno dos compatriotas que chegariam hoje ao país nas primeiras horas da manhã, provenientes de voos de deportação”, diz o comunicado divulgado pela presidência do país sul-americano.
O que está acontecendo:
🔴 #Atención | El Presidente @PetroGustavo dispone avión presidencial para el retorno digno de connacionales y liderará esfuerzos en la Asamblea Extraordinaria de la CELAC. pic.twitter.com/6ML5c8qjOp
— Presidencia Colombia 🇨🇴 (@infopresidencia) January 26, 2025
A Colômbia recusou neste domingo dois aviões militares dos EUA, sob o argumento de que o país deve estabelecer “um protocolo para o tratamento digno” dos migrantes antes do recebimento pelo país de origem. O presidente colombiano disse que só receberia colombianos deportados dos EUA em voos comerciais.
O presidente americano, Donald Trump, decidiu retaliar duramente a Colômbia após o país sul-americano recusar os voos de repatriação, como o que chegou no Brasil na sexta-feira (24/1) e está causando atrito diplomático.
Trump reagiu afirmando que a negação de voos por parte de Petro colocou em risco a segurança nacional e a segurança pública dos EUA. Em resposta, ele determinou tarifas emergenciais de 25% sobre todas as mercadorias que entram no país. Em uma semana, as tarifas de 25% serão elevadas para 50%, afirmou.
Trump também proibiu viagens e revogou “de forma imediata” os vistos para os funcionários do governo colombiano e todos os aliados e apoiadores.
O republicano ainda aplicou sanções de visto para todos os membros do partido, familiares e apoiadores do governo colombiano.
Ele determinou inspeções alfandegárias e de proteção de fronteiras aprimoradas de todos os cidadãos e cargas colombianos “por motivos de segurança nacional”.
“Estas medidas são apenas o começo. Não permitiremos que o governo colombiano viole as suas obrigações legais no que diz respeito à aceitação e retorno dos criminosos que forçou a entrar nos Estados Unidos!”, prosseguiu Trump.
Ainda segundo Petro, existem 15.660 americanos estabelecidos irregularmente na Colômbia, que deverão entrar em contato com o serviço de imigração colombiano para regularizar a sua situação. “Os migrantes são seres humanos e sujeitos de direitos e devem ser tratados como tal”, salientou o colombiano