Neste domingo (15), dezenas de milhares de manifestantes tomaram as ruas da cidade de Haia, na Holanda, em um grande ato pró-Palestina que exigiu o fim da guerra em Gaza e cobrou uma posição mais firme do governo holandês. Estima-se que mais de 150 mil pessoas participaram do protesto, segundo a organização Oxfam.
A manifestação, a segunda em quatro semanas, seguiu em direção ao Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), que atualmente julga o processo movido pela África do Sul contra Israel por suposto genocídio no território palestino.
O protesto foi organizado por diversas entidades de direitos humanos, como Anistia Internacional e Oxfam, que denunciaram a inação do governo holandês diante da escalada do conflito.
Com cartazes, cantos e discursos, os manifestantes formaram uma “linha vermelha” simbólica diante do TIJ, numa tentativa de pressionar autoridades a se posicionarem contra os ataques israelenses, que, segundo dados locais, já resultaram em mais de 55 mil mortes palestinas em mais de 20 meses de guerra.
O premiê Dick Schoof reconheceu a mobilização, classificando-a como “sem precedentes”, e afirmou que o governo segue empenhado em buscar soluções para o fim da violência e do bloqueio humanitário em Gaza.
“Vemos e ouvimos vocês. Nosso objetivo é o mesmo: acabar com o sofrimento em Gaza o mais rápido possível”, publicou em sua conta no X.
O médico Salih el Saddy, presente no protesto, relatou à Al Jazeera a dor de acompanhar, como profissional de saúde, a destruição causada pela guerra.
Segundo a Al Jazeera e agências internacionais, há manifestações semelhantes também foram registradas em países como Bélgica, Turquia, Brasil e Grécia, todas com o mesmo apelo: o fim imediato da ofensiva em Gaza.