Líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei agiu rapidamente para substituir líderes militares, em uma aparente tentativa de projetar estabilidade e evitar vácuo de poder.
Os ataques israelenses na manhã desta sexta-feira (noite de quinta no Brasil) representaram um grande golpe na cadeia de comando militar do Irã, matando pelo menos três de seus principais generais, além de um político sênior e pelo menos dois cientistas nucleares, de acordo com a mídia estatal iraniana e autoridades locais.
O exército israelense confirmou a morte dos três comandantes iranianos. O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, agiu rapidamente para substituir os líderes militares, em uma aparente tentativa de projetar estabilidade e evitar um vácuo de poder.
Pelo menos um outro general de alto escalão foi morto, segundo o exército israelense, uma alegação sobre a qual o Irã não se pronunciou imediatamente.
O que sabemos sobre os mortos:
Generais militares
Major-General Mohammad Bagheri, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas e segundo comandante mais alto depois do Aiatolá Khamenei. Ele foi substituído pelo Major-General Abdolrahim Mousavi, segundo a agência de notícias estatal iraniana IRNA.
General Hossein Salami, comandante-chefe da Guarda Revolucionária, a principal força militar do Irã. Ele foi substituído pelo General Mohammad Pakpour, informou a IRNA.
General Gholamali Rashid, vice-comandante em chefe das forças armadas.
General Amir Ali Hajizadeh, chefe da unidade de espaço aéreo da Guarda Revolucionária.
Políticos
Ali Shamkhani, um dos políticos mais influentes do Irã e confidente próximo de Khamenei, foi morto, de acordo com três altos funcionários e relatos da mídia iraniana. Ele supervisionava as negociações nucleares com os Estados Unidos como parte de um comitê nomeado por Khamenei para dirigir as negociações.
Cientistas Nucleares
Fereydoun Abbasi, ex-chefe da Organização de Energia Atômica do Irã.
Mohammad Mehdi Tehranji, físico teórico e presidente da Universidade Islâmica Azad em Teerã.
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