Treinamento simulado prepara Rio Preto para emergências aéreas

Na manhã desta terça-feira, 10/6, o Aeroporto de São José do Rio Preto foi palco de um importante exercício simulado de emergência aeronáutica promovido pela ASP – Aeroportos Paulistas. A prefeitura de Rio Preto participou ativamente do evento, com a Defesa Civil e o SAMU, reunindo diversas instituições e profissionais para preparar a cidade para uma situação complexa: um acidente aéreo com 60 vítimas.

Todos os voluntários que participaram da simulação passaram por uma capacitação intensiva, o que garantiu maior realismo e eficiência na atuação de cada equipe. Essa ação foi possível graças ao trabalho conjunto dos Bombeiros de Aeródromo da ASP, comunidade aeroportuária, Bombeiros Militares, Águia, SAMU, Grau, Defesa Civil, Siep Brasil, NEU (Núcleo de Ensino de Urgência), CENEMED, Faculdade de Medicina Unilago, Faculdade de Medicina Faceres, Colégio Técnico Etec, Med Salva Emergências Médicas, Unimed, Real Aviation, Base de Aviação São José do Rio Preto, Latam, Azul e Gol.

O exercício consistiu em uma simulação de colisão entre aeronaves taxiando pela pista, uma situação que exige uma resposta rápida e coordenada de diferentes equipes de socorro. 

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O secretário de Saúde, Rubem Bottas, destacou a importância do treinamento. “Estamos simulando uma catástrofe aérea para testar e aprimorar o fluxo de atendimento em situações de emergência com múltiplas vítimas. O objetivo é garantir que, em casos reais, os pacientes sejam triados e encaminhados aos hospitais conforme a capacidade local. Essas simulações, realizadas regularmente, são essenciais para preparar a equipe e salvar vidas, mesmo que ninguém deseje que acidentes aconteçam”.

Método START

A integração das equipes foi o ponto central do exercício. Durante a simulação, o método START foi utilizado para a triagem rápida das vítimas, classificando-as em lonas coloridas de acordo com a gravidade dos ferimentos: vermelha para emergência imediata, amarela para urgência, verde para ferimentos leves e cinza para vítimas sem sinais vitais. O processo envolve avaliação da respiração, circulação, consciência e capacidade de locomoção, garantindo que os recursos sejam aplicados de forma eficiente para salvar o maior número possível de vidas.

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Jéssica de Oliveira, estudante de técnico em enfermagem, participou como voluntária e contou sua experiência. “Foi muito emocionante a gente poder estar participando de um movimento como esse. O treinamento parece muito real. A gente incorporou realmente o personagem. A gente tem essa sensação do atendimento”.

Responsável pela Defesa Civil de Rio Preto, o coronel Ivair da Silva explicou o papel fundamental da instituição durante emergências dessa magnitude. “A Defesa Civil trabalha atuando na prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação em desastres como esse. Um acidente dessa envergadura, com 60 vítimas, teriam várias famílias aqui, procurando informações sobre seus familiares. No momento da resposta, prestamos assistência às vítimas, além de dar suporte psicológico às famílias, orientando sobre o paradeiro dos seus entes queridos e para quais hospitais foram socorridos, trazendo mais tranquilidade e paz aos familiares”.

Para garantir que todos os processos ocorressem de maneira organizada e rápida, o Dr. Luiz Sérgio Raposo, médico do SAMU e coordenador da equipe no exercício, comentou sobre a importância da ação integrada. “O simulado prepara as equipes para grandes emergências aéreas, envolvendo SAMU, Bombeiros, Defesa Civil e outros. É essencial para a certificação do aeroporto e para garantir que, em caso real, as vítimas recebam o atendimento correto. Ocorre um 'start', como a gente fala — alguém comunica, e em cadeia todos os grupos são acionados ao mesmo tempo. Eles vão para o local fazer a recepção das vítimas. Isso é de importância vital”.

O treinamento também cumpre uma exigência regulatória, reafirmando o compromisso da ASP com a segurança operacional e com a constante capacitação das equipes que atuam no aeroporto. A prática regular desses exercícios é fundamental para assegurar que, em uma emergência real, a resposta seja rápida, organizada e eficaz, minimizando riscos e salvando vidas.