Em nota, Itamaraty defende o fim das restrições à ajuda humanitária a palestinos na Faixa de Gaza.
O Ministério das Relações Exteriores divulgou uma nota pedindo que Israel liberte os tripulantes detidos pela marinha israelense. Uma embarcação com 12 ativistas, incluindo o cidadão brasileiro Thiago Ávila e a sueca Greta Thunberg foi interceptada, na madrugada desta segunda-feira, ao tentar chegar à Faixa de Gaza, para levar itens básicos de ajuda humanitária.
“Ao recordar o princípio da liberdade de navegação em águas internacionais, o Brasil insta o governo israelense a libertar os tripulantes detidos”, diz a nota.
No texto, o Brasil faz um apelo para que Israel remova imediatamente todas as restrições à entrada de ajuda humanitária em território palestino, de acordo com suas obrigações como potência ocupante. E informa que as embaixadas brasileiras na região stão sob alerta para, caso necessário, prestar a assistência consular cabível, em consonância com a Convenção de Viena sobre Relações Consulares.
O barco Madleen, com bandeira britânica, operado pela FFC, partiu da Sicília em 6 de junho e esperava chegar a Gaza no fim do dia, quando ocorreu a interceptação, informou o grupo em sua conta no Telegram.
Pouco antes da declaração da FFC, o Ministério das Relações Exteriores de Israel postou um vídeo no X mostrando a Marinha israelense se comunicando com o Madleen por meio de um alto-falante, instando-o a mudar de rota.
A zona marítima ao largo da costa de Gaza está fechada ao tráfego naval como parte de um bloqueio naval legal — disse um soldado. — Se você deseja entregar ajuda humanitária à Faixa de Gaza, pode fazê-lo através do porto (israelense) de Ashdod.
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