Geral Sergipe
SES avança na construção do Plano de Ação Regional da Rede Alyne com foco na redução da mortalidade materna e infantil
Municípios e Estado alinham estratégias para fortalecer a assistência à saúde da mulher, da gestante e da criança
05/06/2025 17h45
Por: Redação Fonte: Secom Sergipe

Nesta quinta-feira, 5, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Fundação Estadual de Saúde (Funesa) e da Escola de Saúde Pública de Sergipe (ESP-SE), promoveu a ‘Oficina de Construção e Validação do Plano de Ação Regional (PAR)’ da Rede Alyne. A atividade reuniu representantes dos municípios sergipanos com o objetivo de fortalecer a rede de atenção materno-infantil e reduzir os índices de mortalidade materna e infantil no estado.
 
A iniciativa marca um passo importante na reformulação da antiga Rede Cegonha, que agora passa a ser chamada Rede Alyne, em homenagem à jovem Alyne da Silva Pimentel, gestante negra que faleceu em 2002  por falta de assistência adequada, ao buscar atendimento em uma unidade de saúde de Belford Roxo, município do Rio de Janeiro. Na época, o caso gerou repercussão internacional. A nova nomenclatura reforça o compromisso com a equidade racial e a qualidade da atenção à saúde das mulheres e crianças, especialmente em contextos de maior vulnerabilidade.

A oficina contou com a presença de gestores municipais, secretários de saúde e técnicos das áreas de saúde da mulher e da criança, além de coordenadores da atenção primária à saúde. O plano de ação regional construído a partir desse encontro será a base para a implementação de políticas públicas mais eficientes, equitativas e voltadas para a realidade de cada território sergipano.
 
De acordo com a enfermeira e diretora da Atenção Especializada à Saúde da SES, Neuzice Lima, a construção do plano tem como principal foco qualificar a assistência, garantindo acesso em tempo célere e oportuno, para gestantes, puérperas, recém-nascidos e crianças, cumprir as exigências do Ministério da Saúde, manter os repasses de recursos federais e pleitear novos recursos. “Estamos traçando diretrizes, objetivos, metas e indicadores para transformar a realidade da saúde materna e infantil em Sergipe. A proposta é garantir assistência qualificada desde o território municipal, onde tudo começa, até os serviços de maior complexidade”, explicou.

Segundo a enfermeira e assessora técnica do Programa de Saúde da Mulher de Aracaju, Cristiane Ludmila, a integração entre os níveis de atenção é fundamental. “Essa oficina é uma oportunidade valiosa para pensarmos estratégias conjuntas. A Rede Alyne amplia o olhar para a questão racial e social, e nos permite planejar ações com mais impacto para reduzir os óbitos evitáveis”, destacou.
 
Já para a secretária municipal de Saúde de Areia Branca, no agreste sergipano, Ana Lídia Nascimento, o momento foi de construção coletiva e alinhamento com as realidades locais. “O Estado tem feito um trabalho brilhante de apoio aos municípios. E é fundamental que cada gestor compreenda seu papel na rede, para que juntos possamos enfrentar os desafios e diminuir a mortalidade materna em todas as regiões”, afirmou.

Enfermeira e assessora técnica do Programa de Saúde da Mulher de Aracaju, Cristiane Ludmila / Foto: Nucom/Funesa
Enfermeira e diretora da Atenção Especializada à Saúde da SES, Neuzice Lima / Foto: Nucom/Funesa
Secretária municipal de Saúde de Areia Branca, no agreste sergipano, Ana Lídia Nascimento / Foto: Nucom/Funesa