Os países da União Europeia votaram na segunda-feira (2) para excluir empresas chinesas da venda de dispositivos médicos no bloco como represália ao fato de Pequim ter restringido importações europeias nesse setor, afirmaram diplomatas.
Essa restrição marcou a primeira vez que a UE utilizou seu Instrumento de Aquisições Internacionais, uma regulamentação de 2022 que permite medidas recíprocas no âmbito de compras públicas.
A iniciativa provavelmente aumentará as tensões comerciais entre Bruxelas e Pequim, em um momento de volatilidade comercial ampliada pelas pesadas tarifas impostas por Washington.
Um diplomata da UE, que falou sob condição de anonimato, afirmou que a atitude do bloco, ao adotar restrições sugeridas pela Comissão Europeia, foi proporcional, sem fornecer mais detalhes.
Uma investigação da UE concluiu em janeiro que a China discriminava dispositivos médicos europeus em suas aquisições públicas, inclusive em hospitais estatais.
A Câmara de Comércio Chinesa expressou “profunda decepção” com a decisão da UE, por meio de um comunicado.
A entidade declarou ter “sérias preocupações sobre a medida da UE de limitar a participação de empresas chinesas no mercado de aquisições da UE, especialmente no setor de saúde”.
Mín. 18° Máx. 25°