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Tati Machado fala pela 1ª vez sobre a morte do filho: ‘Dói para viver’.
Tati Machado fala pela 1ª vez sobre a morte do filho: ‘Dói para viver’.
02/06/2025 20h52
Por: Redação Fonte: Agencia Bnews

Tati Machado fala pela 1ª vez sobre a morte do filho: ‘Dói para viver’.

 

Pela primeira vez, Tati Machado faz relato emocionante sobre a dor de perder o filho na reta final da gravidez e desabafa sobre o luto.

A apresentadora Tati Machado reapareceu nas redes sociais nesta segunda-feira, 2 de junho, para falar pela primeira vez sobre a dor de perder o filho, Rael, na reta final da gestação. O bebê faleceu após parar de se mexer no útero da mãe e Tati passou pelo trabalho de parto para encerrar a gestação.

Em um post emocionante, ela contou sobre está se sentindo ao viver os dias sem o filho nos braços, a dor de se despedir dele e o desejo de manter viva a memória do filho em seu futuro.

 

Leia o relato completo de Tati Machado:

"Levo no coração uma ferida acesa, daquelas inexplicáveis mesmo. Com ela trago perguntas, muitas por sinal. E de resposta: o silêncio. O mistério da vida. E eu, que sempre estive no controle, me perco, me descontrolo. E agora a única certeza que tenho é que jamais serei a mesma. Tudo dói, tudo! Dói pra respirar e dói pra viver. Eu acordo e tudo de novo. Isso quando durmo. Eu nunca tinha experimentado uma felicidade tão grande e olha que eu sou daquelas que todo mundo fala: “essa daí é feliz”. Mas acreditem, eu nunca tinha sido tão feliz na vida. Eu tava pronta! Só que ao invés da plenitude fui afrontada com a maior tristeza que também já senti, daquelas que vem do fundo da alma".

"Por ora me restaram os planos, os sonhos, as expectativas somadas numa vida inteira. Quem me acompanha sabe que Rael já existia antes de nascer. É doído demais pensar que nosso primeiro encontro foi também a nossa despedida. Mas foi o primeiro encontro mais cheio de amor que eu poderia desejar naquele momento. Eu e Bruno formamos mesmo a melhor dupla do mundo. E eu só fiz confirmar nas horas de trabalho de parto em que a gente, de mãos dadas, entre uma contração e outra, se olhava e dizia que conseguiríamos juntos ressignificar aquilo tudo. E conseguimos. Rael era a melhor mistura de Tati e Bruno. A mistura do nosso amor que, durante os últimos oito meses, só fez crescer. Ele nasceu perfeito, grandão que nem o pai, como já esperávamos. Só não vou poder saber se o meu maior desejo se realizaria. A cara do pai, mas com a personalidade da mamãe. Me resta seguir sonhando como a sonhadora que sempre fui. Mas como que sonha diante do pesadelo de perder um filho?"

"A gente volta pra casa no vazio. O gps ainda guarda no histórico o endereço da obstetra, do laboratório… A música que toca na playlist é a que sempre nos acompanhava. As roupas no varal são aquelas mais confortáveis, afinal, nada cabia mais. Na cama, o travesseiro de grávida. No banheiro, o creme que fazia parte do ritual pós banho. As vitaminas, as roupinhas pra lavar, o quarto pra arrumar, o cheirinho de bebê que já tinha dominado tudo… tava tudo lá. E como que vive depois disso? É a sensação de vazio extremo, que também é físico, visceral. Cadê nossos momentos na madrugada, que viravam quase uma rave? Cadê os beijinhos diários do papai na barriga? É um corte seco da vida.
E essa tal da vida… que continua. E entre lágrimas que agora nem precisam mais pedir licença eu prometo pelo meu filho que vou honrá-lo em cada dia que eu respirar. Esse amor surreal nasceu antes do primeiro choro e vai viver mesmo depois do seu último suspiro. E a maternidade que conquistei jamais sairá do meu coração. E eu repito isso incansáveis vezes por dia para lembrar que eu sou mãe, pra ressignificar o tempo tão curto que estivemos juntos, mas tempo transformador". 

"Na intenção de seguir vivendo que eu agradeço em meu nome e do mozão. Vimos toda corrente de amor que vocês emanaram pra gente, vimos muitas mensagens, até mesmo das pessoas que me escrevem dizendo ter certeza que eu jamais lerei. Eu li. Eu tô lendo. Vi relatos de pais que estão vivendo o mesmo que nós, vi pessoas de madrugada mandando que não paravam de pensar na gente, nos incluindo, inclusive, em suas orações. Agradeço demais, isso nos fortalece. Isso dá sentido. Quero que nosso luto vire luta. Quero, de verdade, poder ajudar quem passa por isso em silêncio, eu agora sabemos o quanto é cruel. Tenho ainda muito pra lhes dizer. Aos poucos vamos juntando nossos caquinhos. Por ele! Pelo nosso real amor, Rael", finalizou. 

 
 
 
 
 
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O anúncio da perda do bebê de Tati Machado

A apresentadora Tati Machado perdeu seu bebê aos 8 meses de gestação. A notícia foi dada pela equipe dela por meio de um comunicado oficial nas redes sociais. A equipe informou que ela percebeu a falta de movimentos do bebê e foi ao hospital, onde foi constatada a ausência de batimentos cardíacos no feto. Então, ela passou pelo trabalho de parto. 

"No último dia 12 de maio, a apresentadora e jornalista Tati Machado, com 33 semanas de gestação, deu entrada na maternidade após perceber a ausência dos movimentos de seu bebê. Até então, a gravidez transcorria de forma saudável e já se encontrava na reta final. Infelizmente, foi constatada a parada dos batimentos cardíacos do bebê, por causas que ainda estão sendo investigadas", iniciou a equipe.

"Diante da situação, Tati precisou passar pelo trabalho de parto, um processo cercado de amor, coragem e profunda dor. Após o procedimento, ela se encontra estável e sob cuidados. Agradecemos imensamente o carinho e o respeito de todos. Pedimos que este momento tão delicado seja vivido com a privacidade que Tati, seu marido Bruno e toda a família precisam", finalizou a nota.