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Drones da Ucrânia atingem bombardeiros nucleares em base no interior da Rússia.

Drones da Ucrânia atingem bombardeiros nucleares em base no interior da Rússia.

30/11/-1 às 00h00
Por: Redação Fonte: infomoney
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Drones da Ucrânia atingem bombardeiros nucleares em base no interior da Rússia.

Drones da Ucrânia atingem bombardeiros nucleares em base no interior da Rússia.

 

Os drones foram lançados remotamente a partir de casas móveis de madeira transportadas por caminhões dentro do território russo, conforme a autoridade.

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Drones ucranianos atingiram diversos aeródromos estratégicos russos, incluindo uma base militar no leste da Sibéria, enquanto Moscou lançou um dos mais longos ataques com mísseis e drones contra Kyiv, intensificando as tensões antes de negociações de paz cruciais nesta semana.

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Mais de 40 aeronaves, incluindo os bombardeiros de longo alcance Tu-95 e Tu-22 M3 — capazes de transportar armas convencionais e nucleares — e a aeronave de alerta A-50, teriam sido danificadas na operação no domingo, segundo uma autoridade do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU), que falou sob condição de anonimato. O chefe do SBU, Vasyl Malyuk, liderou a operação, e as perdas são estimadas em cerca de US$ 2 bilhões, segundo a mesma fonte.

Os drones foram lançados remotamente a partir de casas móveis de madeira transportadas por caminhões dentro do território russo, conforme a autoridade.

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O Ministério da Defesa da Rússia confirmou em comunicado no Telegram ataques em cinco bases aéreas militares, desde o Extremo Oriente até áreas próximas a Moscou. As autoridades alegaram, no entanto, que apenas “algumas unidades aéreas” foram danificadas em duas bases, nas regiões de Murmansk e Irkutsk.

Segundo o ministério, os ataques “foram repelidos nas regiões de Ivanovo, Ryazan e Amur”. A Bloomberg não conseguiu verificar de forma independente as alegações de ambos os lados.

Mais cedo no domingo, a Ucrânia foi alvo de uma das mais longas ofensivas com mísseis e drones russos, com sirenes de alerta soando por mais de nove horas. Pelo menos 12 pessoas morreram em um ataque a um centro de treinamento militar, levando o comandante das Forças Terrestres da Ucrânia, Mykhaylo Drapatyi, a anunciar sua renúncia devido às baixas.

Os incidentes ocorreram enquanto Moscou e Kyiv se preparam para enviar delegações à Turquia para uma segunda rodada de negociações de paz nesta segunda-feira. A rodada inaugural, em 16 de maio — a primeira em mais de três anos — terminou com um acordo de troca de prisioneiros e discussões sobre um possível cessar-fogo. Até agora, a Rússia não sinalizou se os ataques poderão afetar as negociações.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy confirmou no domingo que o ministro da Defesa, Rustem Umerov, liderará a delegação a Istambul para discutir temas como um cessar-fogo total e incondicional, libertação de prisioneiros e retorno de crianças sequestradas.

As delegações também deverão discutir a possibilidade de um encontro de alto nível, já que algumas questões-chave só podem ser resolvidas pelos líderes, acrescentou Zelenskiy.

Separadamente, a principal autoridade investigativa da Rússia iniciou no domingo investigações criminais após a explosão de duas pontes em regiões fronteiriças com a Ucrânia, que provocaram o descarrilamento de trens, resultando em pelo menos sete mortes e diversos feridos.

As autoridades classificaram os incidentes como “ataques terroristas”, segundo a porta-voz do Comitê de Investigação da Rússia, Svetlana Petrenko, em comentários transmitidos pelo canal estatal Rossiya 24.

Uma das pontes, na região de Bryansk, atingiu um trem de passageiros que seguia para Moscou pouco antes da meia-noite de sábado, informou o governador regional Alexander Bogomaz em publicação no Telegram. O número de feridos ultrapassa 70.

Horas depois, um incidente semelhante ocorreu em Kursk, também na fronteira com a Ucrânia. Lá, uma ponte ferroviária desabou enquanto passava um trem de carga, informou o governador Alexander Khinshtein. A tripulação da locomotiva foi hospitalizada.

Ainda não está claro se os dois casos estão relacionados.

O governo russo, incluindo o primeiro-ministro Mikhail Mishustin, foi notificado dos incidentes, segundo a agência estatal Tass, citando o ministro dos Transportes, Roman Starovoit.

A Ucrânia ainda não comentou oficialmente sobre os ataques às pontes.

No entanto, Andriy Kovalenko, chefe do Centro Ucraniano de Combate à Propaganda, afirmou no domingo que o Kremlin pode estar “preparando terreno para sabotar as negociações”, acrescentando que não é a primeira vez que a Rússia realiza “ataques de falsa bandeira”.

“A Ucrânia não tem motivo para sabotar a cúpula em Istambul. Pelo contrário, a Ucrânia já aceitou o cessar-fogo há muito tempo”, disse Kovalenko em postagem no Telegram.

Enquanto isso, o Serviço de Inteligência Militar da Ucrânia informou que um trem militar explodiu na região de Zaporizhzhia, parcialmente ocupada pela Rússia, sem detalhar como ocorreu a explosão. Segundo o serviço, o incidente interrompeu a logística entre a região e a península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014.

 
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