A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Fundação Estadual de Saúde (Funesa) e da Escola de Saúde Pública de Sergipe (ESP-SE), promoveu nos dias 28 e 29, a I Jornada e Implementação do Comitê para a Saúde da População Negra, que reuniu profissionais da Atenção Primária à Saúde e lideranças da sociedade civil. O evento marca o início de uma importante mobilização para reconhecer as especificidades desse grupo e garantir, dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), o cuidado integral, humanizado e com respeito à identidade racial.
De acordo com a referência técnica das Políticas de Promoção da Equidade em Saúde da SES, Karla Melo, a iniciativa serve como preparação para a formação do Comitê Estadual de Saúde Integral da População Negra em Sergipe, que deverá reunir representantes dos 75 municípios sergipanos e da sociedade civil. “Temos a perspectiva de sair da Jornada com os encaminhamentos para a Construção do Comitê e implantação dessa política de saúde, que faz parte de uma das políticas de equidade em saúde do SUS”, explicou.
Ainda de acordo com Karla Melo, durante a jornada, os primeiros nomes que irão compor o comitê começaram a ser indicados. A expectativa é ampliar a participação com novas instituições e representantes civis, assegurando paridade e legitimidade ao grupo. “Vamos construir um regimento e marcar novos encontros para fortalecer a implantação dessa política, que está inserida nas diretrizes de equidade do SUS”, completou.
O coordenador de Atenção à Saúde da População Negra na Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Marcos Moreira da Costa, também participou do encontro. Para ele, o evento representa um passo fundamental para romper com a invisibilidade e garantir os direitos da população negra. “Precisamos eliminar barreiras de acesso à saúde, que não são apenas físicas, mas também culturais, religiosas e estruturais e promover uma vida com mais dignidade e equidade para todos”, afirmou.
Para a secretária-executiva do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial, da Secretaria de Estado da Assistência Social, Inclusão e Cidadania (Seasic), Sara Santos, a criação do comitê abre portas para a elaboração de políticas públicas que enfrentem o racismo institucional e estrutural. “Esse evento é essencial porque nos permite avançar na construção coletiva de soluções reais para uma população historicamente vulnerabilizada. A participação da sociedade civil e do poder público é indispensável nesse processo”, ressaltou.
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