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Governo espanhol nega que ‘experimento’ tenha causado apagão: ‘Categoricamente falso’.
Governo espanhol nega que ‘experimento’ tenha causado apagão: ‘Categoricamente falso’.
28/05/2025 11h15
Por: Redação Fonte: infomoney

Governo espanhol nega que ‘experimento’ tenha causado apagão: ‘Categoricamente falso’.

 

Causa da pane elétrica generalizada que atingiu Portugal e Espanha segue desconhecida um mês após o incidente.

O governo espanhol negou na quarta-feira que um “experimento” seu tenha sido a causa do apagão elétrico massivo ocorrido em 28 de abril, cuja origem segue desconhecida um mês após o incidente.

“É falso, categoricamente falso, que o governo estivesse realizando qualquer experimento” na rede elétrica antes do corte em toda a península Ibérica, afirmou no Congresso a ministra para a Transição Ecológica, Sara Aagesen.

“Não é responsável apontar culpados enquanto ainda se investigam as causas” do apagão, nem “é responsável dizer que o governo estava fazendo experimentos”, afirmou Aagesen, que denunciou “boatos” e “manipulações” informativas sobre o ocorrido.

Artigo no The Telegraph

O jornal conservador britânico The Telegraph publicou em 23 de maio um artigo no qual afirmava, citando fontes em Bruxelas, que as autoridades espanholas “realizavam um experimento” na rede elétrica do país quando ocorreu o apagão.

Segundo o diário, o objetivo era verificar “até que ponto poderiam impulsionar a dependência das energias renováveis”, tendo em vista o fechamento de dois reatores nucleares em 2027 no oeste do país — primeiro passo para o fim definitivo da energia nuclear na Espanha, previsto para 2035.

Essa hipótese também foi desmentida na quarta-feira pela presidente da rede elétrica espanhola, Beatriz Corredor, que afirmou em entrevista ao jornal catalão La Vanguardia que o suposto experimento é “radicalmente falso”.

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Antes do apagão, “não houve excesso de renováveis”, nem “houve curto-circuito, nem sobrecarga, nem ataque cibernético”, destacou Corredor, descartando outras possibilidades levantadas nas últimas semanas.

Na entrevista, Corredor, ex-deputada socialista, apontou, em vez disso, para alguns “geradores convencionais” de energia, como usinas a gás, nucleares ou hidrelétricas, que “naquele dia operavam com parâmetros de controle de tensão abaixo dos estabelecidos pela norma”.

— Ou seja, foram as energias convencionais que não controlaram corretamente a tensão — acrescentou.