Acusações do regime
As autoridades venezuelanas acusam Guanipa de integrar uma suposta “rede terrorista” que teria como objetivo sabotar as eleições. O ministro do Interior, Diosdado Cabello, considerado o número 2 da ditadura chavista, apresentou imagens do opositor algemado, com colete à prova de balas e escoltado por agentes encapuzados.
Além de Guanipa, o regime venezuelano anunciou a prisão de outras 11 pessoas, entre elas estrangeiros de nacionalidade equatoriana, argentina, sérvia, alemã e paquistanesa.
Clandestinidade e denúncias
Desde julho do ano passado, após a oposição denunciar fraude nas eleições presidenciais, Guanipa havia se escondido. Em janeiro, foi visto publicamente pela última vez ao lado de María Corina Machado em um protesto contra o novo mandato de Maduro.
Em mensagem publicada em sua conta no X após a prisão, ele afirmou: “Se você está lendo isso, é porque fui sequestrado pelas forças do regime de Nicolás Maduro”.
A própria María Corina reagiu nas redes sociais e acusou o governo de promover um “ataque violento” com mais de 50 detenções em todo o país.
Ela classificou a ação como “terrorismo de Estado” e disse que Guanipa é um exemplo de coragem. “Cada momento de nossas vidas é dedicado à sua liberdade e à libertação da Venezuela”, escreveu.