Segundo a autoridade, a elevada carga fiscal e as regulamentações de informação impostas pelo Estado levaram cerca de 50% da economia argentina a operar na informalidade.
As medidas “ajudarão a aumentar a formalidade e o crescimento”, acrescentou o ministro, argumentando que a Argentina precisa de uma “remonetização” da economia, seja em pesos ou dólares, para sustentar o crescimento.
“O objetivo dessas medidas é devolver às pessoas a liberdade de usar as economias que o próprio Estado as obrigou a levar para o setor informal”, disse Caputo.
Ele também anunciou que os limites sobre os quais certos consumos ou transações devem ser informados à Agência de Receita e Controle Aduaneiro serão aumentados, como gastos com cartões de crédito, débito e carteiras eletrônicas, bem como consumo de serviços públicos, compras de carros e vendas de imóveis.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) disse nesta quinta-feira que quaisquer medidas adotadas pela Argentina para incentivar o uso de ativos não declarados devem estar em conformidade com os esquemas internacionais de combate à lavagem de dinheiro, conforme incluído em seu atual programa de US$20 bilhões com o país.
O mercado financeiro argentino recebeu bem a medida anunciada pelo governo. O índice Merval da bolsa de valores de Buenos Aires chegou a subir 1,4%, após abertura em baixa.
O porta-voz presidencial Manuel Adorni disse na coletiva de imprensa que o presidente ultraliberal da Argentina, Javier Milei, assinará o decreto sobre a medida, chamada de “Plano para reparação histórica da poupança dos argentinos”, e enviará um projeto de lei ao Congresso para fornecer segurança futura aos poupadores.