Leopoldo Luque, acusado de homicídio simples com dolo eventual, conquistou três categorias em torneio na Argentina durante processo judicial.
Quando começou o julgamento pela morte de Diego Maradona, em 11 de março, o neurocirurgião Leopoldo Luque, um dos sete réus, surpreendeu com sua drástica mudança física. Há algum tempo, segundo seu advogado, Julio Rivas, ele começou a praticar musculação. Sua musculatura não passou despercebida. No último fim de semana ele ganhou uma competição.
"Ótimo Leooooo!!!! Início de carreira no fisiculturismo", diz uma publicação nas redes sociais de um amigo do neurocirurgião. O texto acompanha uma fotografia de Luque com uma das medalhas que conquistou no último fim de semana, em uma competição realizada em Wilde, Avellaneda.
A conquista do neurocirurgião foi revelada por Leonardo Martínez, um dos jornalistas que cobriam o estudo, em sua conta no X. Luque, 43, é acusado de homicídio simples com intenção eventual.
“Somos convocados pelo crime que vitimou Diego Maradona. Com as provas apresentadas no julgamento, vocês [referindo-se aos juízes] e a sociedade conhecerão uma acusação sólida e inabalável. O direito à verdade é um direito humano. Hoje, Diego Armando Maradona, seus filhos, seus entes queridos e o povo argentino merecem justiça”, disse Patricio Ferrari, um dos promotores adjuntos de San Isidro responsáveis pelo Ministério Público, no dia do início do julgamento. Luque o ouviu a alguns metros de distância.
O representante do Ministério Público se referiu então às duas semanas que Maradona passou em uma casa no bairro privado de San Andrés, em Tigre, após ser submetido a uma cirurgia para retirada de um hematoma subdural.
Ele foi internado naquela unidade para reabilitação clínica e atendimento domiciliar, o que hoje, sem dúvida, podemos dizer que foi calamitoso. Uma internação imprudente, deficiente e sem precedentes. Não havia nenhum protocolo para realizar aquela intervenção imprudente no teatro de horrores que era a casa onde Maradona morreu, onde ninguém fez o que deveria ter feito., disse Ferrari.
Após a primeira audiência, Luque só retornou uma vez ao tribunal de San Isidro, onde o julgamento está ocorrendo. Ele pediu permissão para faltar a todas as sessões para poder trabalhar.
Tudo indica que, se não houver mudança de planos, ele pedirá depoimento perante os juízes Maximiliano Savarino, Verónica Di Tommaso e Julieta Makintach, quando terminar a fase probatória e antes de serem apresentadas as alegações do Ministério Público, dos lesados e das defesas.