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Trump ironiza parada militar de Putin.
Trump ironiza parada militar de Putin.
12/05/2025 06h55
Por: Redação Fonte: Agência O Antagonista

Trump ironiza parada militar de Putin.

 

Presidente dos Estados Unidos também pressionou Ucrânia a aceitar proposta da Rússia para rodada de negociações.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (foto), pressionou a Ucrânia neste domingo, 11, a aceitar a proposta de Vladimir Putin para uma rodada de negociações diretas sobre o fim da guerra. Em publicação na rede Truth Social, Trump afirmou que o ditador russo “não quer um acordo de cessar-fogo, mas uma reunião na quinta-feira, na Turquia, para negociar um possível fim do banho de sangue”.

Trump pediu que a Ucrânia aceite “imediatamente” a proposta e afirmou que, mesmo que não haja acordo, a reunião permitiria aos EUA e à Europa entender a real disposição russa.

O americano também ironizou Putin e afirmou que ele estaria “ocupado demais comemorando a vitória na Segunda Guerra Mundial — que não poderia ter sido vencida sem os Estados Unidos da América”. A provocação foi feita após o desfile militar realizado na sexta-feira, 9, em Moscou, acompanhado por Lula, Xi Jinping e ditadores aliados de Putin.

Apesar da crítica, Trump voltou a cobrar um encontro entre Putin e Zelensky. “FAÇA A REUNIÃO, AGORA!!!”, escreveu. A proposta de Putin de conversar na Turquia se contrapõe à exigência da Ucrânia — e de países ocidentais aliados — de que haja antes um cessar-fogo de 30 dias como pré-condição para o diálogo.

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“Estarei à espera de Putin”

Zelensky classificou a proposta russa como “um sinal positivo” e, posteriormente, confirmou presença na reunião

“Estarei esperando por Putin na Turquia na quinta-feira. Pessoalmente. Espero que desta vez os russos não inventem desculpas”, escreveu o presidente ucraniano no X. 

Ele reiterou a exigência de que Moscou confirme um cessar-fogo “total, duradouro e confiável” a partir desta segunda-feira.

A proposta de trégua temporária foi endossada por líderes europeus como Emmanuel Macron (França), Friedrich Merz (Alemanha), Donald Tusk (Polônia) e Keir Starmer (Reino Unido), que se reuniram com Zelensky em Kiev no sábado e ameaçaram impor novas sanções à Rússia caso os combates continuem.

Desde que assumiu a presidência em janeiro, Trump tem tentado se colocar como um mediador do conflito. Seu enviado especial, Steve Witkoff, já esteve na Rússia quatro vezes. No entanto, mesmo com concessões consideradas antes impensáveis, o governo Trump ainda não conseguiu convencer Moscou a aceitar um cessar-fogo formal.