Nesta sexta-feira, 9, a Prefeitura de Alagoinhas promoveu uma ação inédita de vacinação contra Influenza voltada para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A iniciativa aconteceu simultaneamente na sede da Associação de Pais e Amigos dos Autistas (AMA) e em todas as Unidades Básicas de Saúde do município, com o objetivo de garantir um ambiente mais acolhedor e acessível para esse público.
A ação foi realizada a pedido da AMA, considerando a importância de oferecer a imunização em um local conhecido e com o qual as crianças e adolescentes já têm vínculo. Na sede da associação, uma equipe da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) foi responsável por aplicar as vacinas.
Além da vacina contra a Influenza, também foram disponibilizadas vacinas contra HPV, tétano, febre amarela, tríplice viral e meningocócica ACWY. A medida permitiu que crianças e adolescentes com a carteira de vacinação desatualizada pudessem colocar a imunização em dia.
“A vacinação nesse formato é um ganho importante para a saúde. Estar num ambiente que eles já conhecem, onde estão os profissionais que já os atendem, facilita bastante o procedimento tanto para eles quanto para os pais”, explicou a enfermeira da Sesau, Vanessa Oliveira.
A professora Leandra Batista, mãe de Miguel, de 12 anos, elogiou a iniciativa. “Eu achei perfeito porque, às vezes, pela idade, as crianças atípicas não entram no público-alvo. Com essa ação direcionada, meu filho foi contemplado com a vacina e já está protegido”, afirmou.
Mayara Pinto, presidente da AMA, contou que, ao fazer essa solicitação ao município, a intenção foi trazê-los para um ambiente mais calmo, já que as crianças têm uma certa resistência à vacinação. Segundo ela, o atendimento correu tranquilamente durante o dia.
“Estar num ambiente cheio de estímulo pode fazer com que o autista entre em crise. Aqui, procuramos diminuir o máximo possível os distratores, para que eles possam estar em paz e se sintam acolhidos. Nossa proposta buscou tanto promover a atualização dos cartões de vacinas, quanto desconstruir a ideia de que vacina é algo ruim”, explicou Mayara.
Fotos:Roberto Fonseca/Secom/Alagoinhas