"Não faz sentido prosseguir com negociações ou considerar novas propostas de cessar-fogo enquanto a guerra da fome e a guerra de extermínio continuarem na faixa de Gaza", declarou Bassem Naïm.
De acordo com um alto dirigente do movimento terrorista Hamas, as conversações para um cessar-fogo em Gaza perderam seu valor neste momento.
O Hamas instou a comunidade internacional a exercer pressão sobre Israel para pôr fim ao que denominou de “guerra da fome” no território palestino.
O membro do escritório político do Hamas, Bassem Naïm, declarou à AFP que “não faz sentido prosseguir com negociações ou considerar novas propostas de cessar-fogo enquanto a guerra da fome e a guerra de extermínio continuarem na faixa de Gaza”.
Ele também pediu que a comunidade internacional interceda junto ao governo de Netanyahu para interromper os crimes relacionados à fome, sede e assassinatos em Gaza.
Essas declarações ocorrem um dia após o governo israelense anunciar uma nova campanha militar na Faixa de Gaza que prevê a “conquista” do território.
O Ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noël Barrot, expressou sua profunda reprovação ao governo israelense por supostas violações do direito internacional.
Suas declarações foram motivadas pela adoção por parte de Israel de um plano que prevê a conquista da faixa de Gaza.
Barrot destacou sua “condenação muito firme” em relação aos planos israelenses, que incluem uma “ataque de grande escala” e o deslocamento forçado da maioria da população dentro da região palestina.
“Isso não é aceitável”, afirmou o ministro, sublinhando que a prioridade imediata deve ser a implementação de um cessar-fogo, o acesso irrestrito à ajuda humanitária e a libertação dos reféns mantidos pelo Hamas.
O chefe da diplomacia francesa também reconheceu o “trauma profundo e brutal” causado pelos ataques terroristas ocorridos em 7 de outubro.
O ministro francês ressaltou a importância de um compromisso real que leve à normalização das relações entre países árabes e muçulmanos com Israel, especialmente no contexto de uma possível reconhecimento do Estado palestino pela França em junho.
Barrot mencionou que essa decisão deve resultar em ações concretas no terreno, incluindo o desarmamento do Hamas e reformas na Autoridade Palestina.
O ministro das Finanças israelense, Bezalel Smotrich, disse na terça-feira, 6 de maio de 2025, que a Faixa de Gaza seria “totalmente destruída” após a guerra em curso entre Israel e o grupo terrorista islâmico palestino Hamas.
Questionado em uma conferência no assentamento israelense de Ofra, na Cisjordânia ocupada, sobre sua visão para o período pós-guerra em Gaza, o ministro afirmou ainda que a população de Gaza, depois de ser deslocada para o sul, começaria a “sair em grandes números para terceiros países”.
Mín. 18° Máx. 31°