Segundo carta enviada à universidade, a secretária de Educação, Linda McMahon, afirmou que Harvard “não tem cumprido suas obrigações legais” e que, por isso, “não deve mais solicitar verbas do governo federal, pois nenhuma será concedida”.
McMahon declarou que os novos repasses permanecerão suspensos até que Harvard comprove ter retomado o que chamou de “gestão responsável” da instituição.
A decisão ocorre em meio a uma série de medidas adotadas pela Casa Branca contra universidades de prestígio dos Estados Unidos.
A gestão Trump tem criticado os programas de diversidade e acusa as instituições de não conterem manifestações antissemitas nos campi.
Além de Harvard, outras universidades como Columbia, Pensilvânia e Cornell também tiveram o financiamento suspenso por decisões semelhantes.
Em resposta, Harvard declarou que a medida representa uma tentativa de “controle sem precedentes” sobre a autonomia universitária e comunicou que manterá a ação judicial contra o governo.
A universidade já havia processado o Departamento de Educação no mês passado, após o congelamento de US$ 2,2 bilhões em repasses e uma ameaça de retirada do status de isenção fiscal da instituição.
Harvard tem o maior fundo patrimonial do país, avaliado em US$ 53 bilhões, e depende de recursos federais para aproximadamente 10,5% de sua receita anual.