O relatório de 1.100 páginas dos especialistas da agência, que não deve ser divulgado ao público, concluiu que o AfD é uma organização racista e antimuçulmana.
O AfD ficou em segundo lugar em uma eleição parlamentar em fevereiro, com quase 21% dos votos, o que o torna o maior partido de oposição no Parlamento. O líder de centro-direita Friedrich Merz deve assumir o cargo de chanceler na terça-feira, à frente de uma coalizão que inclui o SPD, de centro-esquerda.
A Alemanha tem leis rigorosas contra o extremismo político, de acordo com o que as autoridades há muito consideram como uma responsabilidade especial, decorrente do passado nazista do país, para proteger a democracia.
O AfD diz que sua designação como extremista é uma tentativa politicamente motivada de desacreditá-lo e criminalizá-lo.
O novo governo analisará se lançará uma tentativa de proibição total do partido, disse Lars Klingbeil, líder do SPD, na semana passada.
Membros seniores do governo Trump nos EUA criticaram a classificação do AfD como extremista, com o secretário de Estado Marco Rubio dizendo que a Alemanha deveria reverter o curso. O bilionário Elon Musk, aliado próximo do presidente Donald Trump, fez uma campanha de apoio ao AfD.
Na segunda-feira, Moscou juntou-se a Washington para criticar a classificação extremista do AfD, que se opõe ao apoio militar alemão à Ucrânia na guerra contra a Rússia.
“O próprio cenário político europeu está agora repleto de várias medidas restritivas contra as forças políticas e indivíduos cuja visão de mundo não se encaixa na corrente dominante”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.