A Polícia Federal prendeu neste sábado, por determinação do Supremo Tribunal Federal, o general da reserva Walter Braga Netto, que foi candidato a vice de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022.
Ele é investigado no inquérito que apurou a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do governo legitimamente eleito em 2022.
Braga Netto foi preso em Copacabana, na Zona Sul do Rio, e deverá seguir para o Comando Militar do Leste, onde deverá ficar sob custódia do Exército.
A PF informou que estão sendo cumpridos, além de mandado de prisão preventiva, dois mandados de busca e apreensão e uma cautelar diversa da prisão contra indivíduos que estariam atrapalhando a livre produção de provas durante a instrução processual penal.
"As medidas judiciais têm como objetivo evitar a reiteração das ações ilícitas", destaca a PF.
Braga Netto ocupou os cargos de ministros da Casa Civil e da Defesa na gestão de Bolsonaro. Em 2018, comandou a intervenção federal na segurança do Estado do Rio de Janeiro.
Os agentes cumpriram ainda mandado de busca e apreensão na residência do coronel Peregrino, assessor de Braga Netto.
Em relatório enviado ao STF, no mês passado, a Polícia Federal apontou que Braga Netto teve participação concreta nos atos relacionados à tentativa de golpe de Estado e da abolição do Estado Democrático de Direito, inclusive na tentativa de obstrução da investigação.
A PF indiciou o militar e mais 39 acusados, entre eles Bolsonaro.
A Investigação apontou que uma das reuniões realizadas para tratar do plano golpista para impedir a posse e matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice, Geraldo Alckmin, e o ministro Alexandre de Moraes foi realizada na casa do general Braga Netto, no dia 12 de novembro de 2022.