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Policial que jogou homem da ponte vira réu em São Paulo.
Policial que jogou homem da ponte vira réu em São Paulo.
23/04/2025 10h33
Por: Redação Fonte: Agência jovem Pan

Policial que jogou homem da ponte vira réu em São Paulo.

 

Luan Felipe Alves Pereira responderá por tentativa de homicídio após ter arremessado Marcelo Barbosa Amaral de uma altura de quase quatro metros na Vila Clara; PM já havia sido investigado por matar homem em Diadema.

Na última terça-feira (22), a Justiça de São Paulo decidiu tornar réu o policial militar Luan Felipe Alves Pereira, acusado de um ato chocante: jogar um homem de uma ponte na zona sul da capital paulista.

O incidente, que ocorreu em 2 de dezembro do ano passado, resultou na acusação de tentativa de homicídio qualificado contra o policial. Imagens capturadas por uma testemunha foram cruciais para a acusação, mostrando o momento em que o soldado levanta Marcelo Amaral, de 25 anos, e o arremessa de uma altura de quase quatro metros na região da Vila Clara.

Segundo o Ministério Público, o crime foi cometido de forma que impossibilitou a defesa da vítima, que sobreviveu ao cair de joelhos, evitando danos a órgãos vitais.

Em seu depoimento, Marcelo Amaral relatou que estava pilotando uma moto quando foi abordado por policiais.

Ao parar o veículo, ele começou a correr, mas foi rapidamente alcançado, agredido com um cassetete e levado até a beira da ponte.

O policial teria dado a ele duas opções: pular ou ser julgado. Marcelo afirmou que tentou explicar que não era ladrão e que a moto era de sua propriedade, mas mesmo assim foi arremessado da ponte.

O soldado foi indiciado tanto pela Polícia Civil quanto pela Corregedoria da PM, mas responderá ao processo em liberdade após um habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça. A decisão judicial impõe que ele não exerça função pública e mantenha uma distância de pelo menos 300 metros da vítima.

Este não é o primeiro incidente envolvendo Luan Felipe Alves Pereira. Em 2023, ele já havia sido investigado por outro caso, quando matou um homem com 12 tiros em Diadema. Naquela ocasião, o caso foi arquivado sob a alegação de legítima defesa. A atual acusação, no entanto, levanta sérias preocupações sobre a conduta do policial e a necessidade de uma investigação rigorosa para garantir justiça à vítima e à sociedade. A continuidade do processo será acompanhada de perto, com atenção especial às medidas de segurança e à integridade das partes envolvidas.

*Com informações de Valéria Luizette