"O apaziguamento não trará paz e o compromisso não será respeitado", disse um porta-voz do Ministério do Comércio da China em um comunicado. A China denunciou , na segunda-feira, 21 de abril, os países que estão “apaziguando” os Estados Unidos nas negociações comerciais sobre tarifas americanas, dizendo que “se opõe firmemente” a qualquer acordo que prejudique seus interesses.
“O apaziguamento não trará paz e o compromisso não será respeitado”, disse um porta-voz do Ministério do Comércio da China em um comunicado, acrescentando que o país “se opõe firmemente a qualquer parte que chegue a um acordo em detrimento dos interesses da China”.
“Se tal situação ocorrer, a China jamais aceitará e tomará resolutamente contramedidas recíprocas.”
O presidente dos EUA, Donald Trump, impôs tarifas de até 145% sobre um grande número de produtos importados da China, elevando o imposto total para até 245% em alguns casos, como veículos elétricos. Pequim respondeu com sua própria tarifa de 125% sobre produtos americanos.
Os parceiros comerciais dos EUA estão sendo atingidos por uma sobretaxa mínima de 10%, enquanto a implementação de tarifas muito mais altas foi suspensa por Trump em 9 de abril por 90 dias para a maioria dos países envolvidos. Muitos destes últimos iniciaram discussões com Washington.
“Buscar os próprios interesses egoístas temporários em detrimento dos interesses dos outros (…) acabará falhando com ambos os lados e prejudicando os outros”, alertou o Ministério do Comércio chinês em sua declaração.
Éric Lombard, Ministro da Economia da França, alertou sobre os desafios enfrentados pelo país em meio a tensões comerciais globais, destacando a necessidade de unidade entre as empresas francesas.
Em entrevista à La Tribune no último domingo, 20 de abril, ele afirmou: “Estamos em uma batalha que visa, na verdade, nos enfraquecer”.
A mensagem de Lombard ecoa o apelo feito pelo presidente Emmanuel Macron no início de abril, quando, em resposta à imposição de tarifas significativas por parte do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enfatizou a importância de agir coletivamente.
Durante um encontro no Palácio do Eliseu com líderes empresariais, Macron destacou: “Precisamos permanecer unidos e determinados nesta fase. Os maiores tendem a agir sozinhos, e isso não é uma boa ideia”.
Duas semanas após essa declaração, Lombard reiterou a urgência de colaboração entre as empresas e o governo para enfrentar os desafios impostos pelo cenário internacional:
“Faço um apelo ao patriotismo dos líderes empresariais. Devemos trabalhar junto aos Estados para vencer esta batalha. A solidariedade é mais crucial do que nunca”, enfatizou o ministro, prevendo que os Estados Unidos retornarão às negociações em algum momento.