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China critica países que jogam o jogo do “apaziguamento” com os EUA.
China critica países que jogam o jogo do “apaziguamento” com os EUA.
21/04/2025 12h08
Por: Redação Fonte: Agência O Antagonista

China critica países que jogam o jogo do “apaziguamento” com os EUA.

 

"O apaziguamento não trará paz e o compromisso não será respeitado", disse um porta-voz do Ministério do Comércio da China em um comunicado. A China denunciou , na segunda-feira, 21 de abril, os países que estão “apaziguando” os Estados Unidos nas negociações comerciais sobre tarifas americanas, dizendo que “se opõe firmemente” a qualquer acordo que prejudique seus interesses.

“O apaziguamento não trará paz e o compromisso não será respeitado”, disse um porta-voz do Ministério do Comércio da China em um comunicado, acrescentando que o país “se opõe firmemente a qualquer parte que chegue a um acordo em detrimento dos interesses da China”.

“Se tal situação ocorrer, a China jamais aceitará e tomará resolutamente contramedidas recíprocas.”
O presidente dos EUA, Donald Trump, impôs tarifas de até 145% sobre um grande número de produtos importados da China, elevando o imposto total para até 245% em alguns casos, como veículos elétricos. Pequim respondeu com sua própria tarifa de 125% sobre produtos americanos.

Os parceiros comerciais dos EUA estão sendo atingidos por uma sobretaxa mínima de 10%, enquanto a implementação de tarifas muito mais altas foi suspensa por Trump em 9 de abril por 90 dias para a maioria dos países envolvidos. Muitos destes últimos iniciaram discussões com Washington.

“Buscar os próprios interesses egoístas temporários em detrimento dos interesses dos outros (…) acabará falhando com ambos os lados e prejudicando os outros”, alertou o Ministério do Comércio chinês em sua declaração.

Ministro da economia da França faz apelo de patriotismo

Éric Lombard, Ministro da Economia da França, alertou sobre os desafios enfrentados pelo país em meio a tensões comerciais globais, destacando a necessidade de unidade entre as empresas francesas.

Em entrevista à La Tribune no último domingo, 20 de abril, ele afirmou: “Estamos em uma batalha que visa, na verdade, nos enfraquecer”.

A mensagem de Lombard ecoa o apelo feito pelo presidente Emmanuel Macron no início de abril, quando, em resposta à imposição de tarifas significativas por parte do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enfatizou a importância de agir coletivamente.

Durante um encontro no Palácio do Eliseu com líderes empresariais, Macron destacou: “Precisamos permanecer unidos e determinados nesta fase. Os maiores tendem a agir sozinhos, e isso não é uma boa ideia”.

Duas semanas após essa declaração, Lombard reiterou a urgência de colaboração entre as empresas e o governo para enfrentar os desafios impostos pelo cenário internacional:

“Faço um apelo ao patriotismo dos líderes empresariais. Devemos trabalhar junto aos Estados para vencer esta batalha. A solidariedade é mais crucial do que nunca”, enfatizou o ministro, prevendo que os Estados Unidos retornarão às negociações em algum momento.