Segundo Zelensky, apenas entre as 6h da manhã de domingo (horário local) e o momento do comunicado, houve 59 bombardeios e cinco ataques de unidades russas. No total, desde o início da suposta trégua, foram registrados 387 bombardeios e 19 ofensivas russas. Drones teriam sido utilizados em pelo menos 290 ocasiões.
Zelensky disse ainda que os militares ucranianos estão respondendo “como o inimigo merece” e reforçou que o país continuará agindo “de forma simétrica, de acordo com a situação real no terreno”.
O anúncio de cessar-fogo feito por Putin foi feito após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar na sexta-feira, 18, que as negociações entre Rússia e Ucrânia estariam “chegando a um ponto crítico”, e insistir que nenhuma das partes o estaria manipulando em sua tentativa de intermediar o fim da guerra.
Rússia promete ataques a instalações energéticas
Na sexta-feira, 18, o porta-voz da ditadura russa, Dmitry Peskov, anunciou que seu país voltará a atacar as instalações energéticas na Ucrânia.
“O mês realmente expirou. No momento, não houve mais instruções do comandante supremo, o presidente [Vladimir] Putin“, disse Peskov, em sua coletiva de imprensa diária.
Quando diz que “o mês expirou”, Peskov se refere ao que foi combinado com os Estados Unidos, em 18 de março, de um cessar-fogo parcial, durante o qual as instalações energéticas da Rússia e da Ucrânia seriam poupadas.
Mas instalações energéticas não são consideradas alvos militares, mas civis. Ao admitir que está alvejando instalações energéticas, o Kremlin admite crimes de guerra.