Gabriela da Silva Vale, conhecida como “Gaby Rifas”, foi ouvida durante audiência de instrução na Operação Falsas Promessas, nesta quarta-feira (16), em Salvador. A rifeira, esposa do também suspeito Nanan, é apontada como uma das líderes do grupo. Ela foi presa no último dia 9 de abril, mas liberada após audiência de custódia.
Usando grife, assim como o esposo, a acusada estava abatida e ficou boa parte da audiência de cabeça baixa. Durante o depoimento, emocionada, negou que houve movimentação milionária e disse que o banco não permitiria um fluxo tãi grande em uma conta poupança de uma criança. O casal é acusado de usar a conta do filho, menor de idade.
“Tudo não passa de mentira, de perseguição e de um trabalho muito mal feito da Polícia Civil. Eu vejo uma perseguição muito grande. Botaram minha família em risco. Uma polícia se baseia em rede social", declarou Gabriela.
Sobre a relação com Victor da Silva Moreira Paulo, ela afirmou que era só rifa. Já sobre Ramhon Dias, Gabriela afirmou que ele jogou e ganhou uma vez. A acusada reconheceu que cometeu o crime de contravenção e ressaltou que ela e o marido estão dispostos a pagar apenas pelo que fizeram, e negou que lavaram dinheiro.
Gaby Rifas também negou vínculo com tráfico. “Nunca existiu e nunca vai existir”. E sobre a utilização de contas de terceiros, justificou dizendo que usava outras contas porque excedia o limite das transações da caixa.
Sobre os veículos em nomes de terceiros, laranjas, ela classificou a acusação como calúnia e inveja. "Não tem porque a gente comprar um veículo para o sorteio, passar pra nome da gente e transferir pra o ganhador. Não sei a motivação disso. Não sei se é inveja ou se querem acabar com as rifas”. Gabriela já foi babá, trabalhou em salão e em casa de família.