Chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AEIA) viajou a Teerã antes da segunda rodada de negociações entre o regime e EUA.
Horas antes de chegar a Teerã para discutir a questão nuclear, o chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AEIA), Rafael Grossi, declarou que o regime do Irã “não está longe” de ter uma bomba nuclear.
“É como um quebra-cabeça. Eles têm as peças e um dia conseguirão juntá-las. Ainda há um longo caminho a percorrer. Mas eles não estão longe, é preciso admitir”, afirmou Grossi ao jornal francês Le Monde..
Nesta semana, o integrante da AEIA, uma agência da ONU responsável por verificar a natureza do programa nuclear iraniano, fará uma visita ao país antes da segunda rodada de negociações entre os Estados Unidos e o Irã.
Teerã e Washington devem se reunir novamente no próximo sábado, 19, em Muscat.
“Não basta dizer à comunidade internacional ‘não temos armas nucleares’ para que acreditem. Temos que ser capazes de verificar isso”, disse Grossi.
Os americanos e outros países aliados suspeitam que o Irã quer se equipar com armas nucleares.
No entanto, Teerã rejeita as acusações e defendem o uso da energia nuclear para fins civis.
Desde 1979, os Estados Unidos e o Irã não mantém laços diplomáticos, após as crise dos reféns na embaixada americana em Teerã, durante a Revolução Islâmica.
No último fim de semana, representantes dos dois países conversaram sob mediação de Omã.
Após as discussões “indiretas”, Trump ameaçou novamente atacar as instalações nucleares iranianas, caso não haja acordo.
No entanto, Teerã nega estar buscando uma bomba atômica.
“A segurança nacional, a defesa e o poder militar estão entre as linhas vermelhas da República Islâmica do Irã, que não podem ser discutidas ou negociadas sob nenhuma circunstância”, afirmou o porta-voz da Guarda Revolucionária do Irã, Ali Mohammad Naini.