Nadine Heredia e Ollanta Humala foram condenados a 15 anos de prisão; Ex-primeira-dama pediu asilo diplomático.
O Antagonista confirmou a informação com o Ministério das Relações Exteriores
De acordo com o governo peruano, Nadine solicitou asilo diplomático ao Brasil com base na Convenção sobre Asilo Diplomático de 1954.
“O Ministério das Relações Exteriores informa à opinião pública que a Embaixada da República Federativa do Brasil no Peru comunicou que a senhora Nadine Heredia Alarcón ingressou nesta manhã à sede de sua embaixada.
A senhora Heredia solicitou asilo ao país, em concordância com o estabelecido na Convenção sobre Asilo Diplomático de 1954, da qual o Perú e o Brasil são partes.
Ambos os governos se encontram em permanente comunicação sobre essa situação”, diz o Ministério das Relações Exteriores do Peru.
Humala e Nadine foram condenados a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro.
Os aportes da Odebrecht e da Venezuela foram destinados às campanhas de 2011 e 2006, respectivamente.
O Ministério Público do Peru havia solicitado 20 anos de prisão para Humala e 26 anos para Heredia, mas a Terceira Turma do Tribunal Superior Nacional optou por aplicar uma pena de 15 anos de prisão.
Em 2016, a Odebrecht reconheceu ter pago dezenas de milhões de dólares em propinas e doações eleitorais ilegais no Peru.
Humala foi acusado pelo Ministério Público por ocultar o recebimento de 3 milhões de dólares da Odebrecht para a campanha presidencial de 2011.
Como cofundadora do Partido Nacionalista, a esposa de Humala também foi acusada pelo crime.
Na campanha derrotada de 2006, o casal teria desviado quase 200 mil dólares enviados pelo ex-ditador venezuelano Hugo Chávez.
Humala e a esposa também foram acusados pelo crime de ocultação de fundos por “compras de imóveis com dinheiro da Odebrecht”.
Humala é o quarto ex-presidente do Peru a ser implicado por receber propina da Odebrecht.
Em 2019, o ex-presidente Alan Garcia se suicidou ao ser alvo de um mandado de prisão também relacionado à corrupção atribuída à empreiteira no país.
Pedro Pablo Kuczynski renunciou em 2018 acusado de compra de votos. Ele também foi acusado de ter ocultado pagamentos da Odebrecht a empresas vinculadas a ele entre 2004 e 2013.
Alejandro Toledo foi condenado a 20 anos e seis meses de prisão em 2024 por ter recebido propinas milionárias da Odebrecht em troca de contratos com o seu governo, no período entre 2001 a 2006.