Brasil Páscoa
Pela 1ª vez em 5 anos, vendas do varejo vão recuar na Páscoa, projeta comércio.
Pela 1ª vez em 5 anos, vendas do varejo vão recuar na Páscoa, projeta comércio.
15/04/2025 16h06
Por: Redação Fonte: Agência O Povo

Pela 1ª vez em 5 anos, vendas do varejo vão recuar na Páscoa, projeta comércio.

 

O valor movimentado neste ano deve ser de R$ 3,36 bilhões, R$ 50 milhões a menos do que o registrado em 2024 (R$ 3,41 bilhões), conforme estimativas da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Com a alta nos preços dos produtos típicos da Semana Santa, as vendas do varejo no período, pela primeira vez em cinco anos, registrará queda, com 1,4%.

O valor movimentado neste ano deve ser de R$ 3,36 bilhões, R$ 50 milhões a menos do que o registrado em 2024 (R$ 3,41 bilhões). Os dados fazem parte da projeção realizada Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Regionalmente, o Ceará se encontra como o oitavo maior em vendas, com R$ 82,61 milhões. Porém, os principais foram: São Paulo (R$ 923,29 milhões), Minas Gerais (R$ 344,06 milhões) e Rio de Janeiro (R$ 237,52 milhões).

Dos produtos comercializados no período, a elevação que mais se destacou foi a do chocolate, cujo custo para os consumidores foi em média 18,9% mais alto do que o do ano passado.

O reajuste, segundo a CNC, foi o maior em 13 anos, e ocorre devido à valorização do cacau no mercado internacional e à desvalorização do real frente ao dólar, que passou de R$ 5 para R$ 5,80 em um ano.

As demais altas que se ressaltaram foram a do Bacalhau (9,6%) e do azeite de oliva (9%). Entretanto, dos oito bens e serviços citados no estudo como constituintes da cesta básica da Páscoa, apenas um apresentou recuo no preço, de 1%.

Confira abaixo a variação anual da cesta básica da páscoa:

O presidente do sistema que reúne a CNC, o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), José Roberto Tadros, explica que a economia do País está passando por um momento de “pressões inflacionárias”.

“O varejo sente os efeitos de um cenário macroeconômico incerto, o que resulta na desaceleração do consumo em datas importantes como a Páscoa. Isso força o setor a rever suas estratégias e planos em curto, médio e longo prazo”, explica.

Outro ponto destacado no levantamento da CNC , que mostram esse desaquecimento na economia no período, foi a queda nas importações. Conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior, em março, a entrada de chocolates importados recuou 17,6%, enquanto o bacalhau teve retração de 11,7%.