Merz “apoia várias medidas que podem e inevitavelmente levarão a uma nova escalada”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a jornalistas em Moscou na segunda-feira, 14 de abril.
Após declarações de Friedrich Merz (CDU) sobre uma possível entrega de mísseis de cruzeiro Taurus para Kiev, o Kremlin alertou sobre o perigo de uma “escalada” do conflito na Ucrânia.
Quando perguntado no domingo pela ARD se ele entregaria o Taurus a Kiev, o provável novo chanceler Merz respondeu que “sempre disse que só faria isso em coordenação com os parceiros europeus”.
Por sua vez, a diplomata-chefe da UE, Kaja Kallas, saudou a contínua abertura do provável futuro chanceler alemão, Friedrich Merz, em fornecer mísseis de cruzeiro Taurus à Ucrânia:
“É claro que cada estado-membro está dando o que pode, mas acho que a mensagem é muito clara”, disse a chefe de política externa da UE em uma reunião de ministros das Relações Exteriores da UE em Luxemburgo, um dia após um pesado ataque russo à cidade de Sumy, que deixou mais de 30 mortos:
“Precisamos fazer mais para que a Ucrânia possa se defender e os civis não precisem morrer”, ela respondeu a uma pergunta sobre as declarações de Merz.
Durante seu tempo como político de oposição, Merz se mostrou aberto a fornecer mísseis de cruzeiro Taurus para a Ucrânia. Isso ainda se aplica, disse o presidente da CDU no domingo, 13 de abril, na ARD:
“Não é que estejamos intervindo nesta guerra nós mesmos, mas estamos equipando o exército ucraniano com essas armas.”
Quando questionado, Merz acrescentou que sempre disse que só faria isso em coordenação com seus parceiros europeus.
O ministro das Relações Exteriores holandês, Caspar Veldkamp, disse em Luxemburgo que considerava muito importante que a Alemanha fornecesse mísseis de cruzeiro Taurus: “Acredito que isso seria um sinal muito importante sobre a posição da Europa nessa situação”, disse ele em Luxemburgo.
Seu colega polonês, Radoslaw Sikorski, chamou a oferta de Merz de “muito boa”.