A medida é uma retaliação ao 'tarifaço' de Donald Trump sobre produtos chineses, que chegou a 145%.
A China anunciou nesta sexta-feira, 11, a ampliação das tarifas de importação sobre produtos americanos de 84% para 125%.
A medida é uma retaliação ao ‘tarifaço’ de Donald Trump sobre produtos chineses, que chegou a 145%.
“A imposição de tarifas anormalmente altas pelos EUA à China viola seriamente as regras do comércio internacional e vai contra as leis econômicas básicas e o bom senso. É uma prática inteiramente unilateral de intimidação e coerção”, afirmou a Comissão Tarifária do Conselho de Estado da China em comunicado.
“Dado que, no nível tarifário atual, não há possibilidade de aceitação de mercado para produtos dos EUA exportados para a China, a China ignorará isso se os EUA continuarem a impor tarifas sobre produtos chineses exportados para os EUA”, continuou.
As tarifas serão aplicadas a partir de sábado, 12 de abril.
A Casa Branca esclareceu nesta quinta-feira, 10, que o ‘tarifaço’ sobre os produtos importados da China não é de 125%, como anunciado pelo presidente americano Donald Trump, mas de 145%.
À CNBC, o governo americano afirmou que a tarifa adicional de 125% soma-se aos 20% aplicados desde março, em decorrência do fluxo de fentanil para os EUA.
Na quarta, 9, Trump disse que poderia se reunir com o ditador chinês, Xi Jinping, a quem chamou de “amigo”, para discutir um acordo entre os dois países.
“Ele é meu amigo, o presidente Xi [Jinping]. Eu gosto dele, eu o respeito”, afirmou Trump a jornalistas no Salão Oval da Casa Branca.
“Durante anos, fomos enganados e aproveitados pela China… eles estavam ganhando dois bilhões de dólares por dia, esse país. Dois bilhões de dólares com tarifas por dia. Nós estaremos fazendo mais”, acrescentou.
“As ações dos Estados Unidos não têm o apoio do povo e terminarão em fracasso”, afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, na quinta, indicando o país que não vai recuar.
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