Saúde Sergipe
Lacen utiliza armadilhas para auxiliar no monitoramento e combate do Aedes aegypti
Conhecidas como ovitrampas, elas servem para corroborar ou ajustar os valores encontrados no LIRAa
11/04/2025 09h23
Por: Redação Fonte: Secom Sergipe

A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio do Laboratório Central de Saúde Pública de Sergipe (Lacen), unidade gerida pela Fundação de Saúde Parreiras Horta (FSPH), utiliza armadilhas conhecidas como ovitrampas para auxiliar no monitoramento e no combate ao mosquito transmissor da dengue. O objetivo é indicar a presença de Aedes aegypti e Aedes albopictus no local e a quantidade de ovos produzida por área, ajudando a remover os ovos do vetor da natureza. 

De acordo com a gerente de Zoonoses, Entomologia e Parasitologia, Karine Dantas Moura, elas não são substitutas do Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti (LIRAa), mas servem para corroborar ou ajustar os valores encontrados. “A instalação das ovitrampas tem o intuito de fazer um monitoramento complementar confirmatório dos índices de infestação que os municípios enviam para a Vigilância Epidemiológica Estadual após cada LIRAa e LIAa realizado. Elas são colocadas nos mesmos quarteirões em que o LIRAa e LIAa são realizados. A importância desse monitoramento é que, às vezes, conseguimos detectar um índice de infestação ou locais que não foram percebidos pelo LIRAa e com isso desencadear ações mais eficazes, efetivas e direcionadas para se evitar a proliferação do mosquito”, explica.

O segundo Levantamento Rápido de Índice de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) de 2025, identificou três municípios sergipanos com alto índice de infestação. Outros 51 municípios apresentaram médio risco para infestação. 

Funcionamento

Karine Dantas Moura explica que as armadilhas utilizam materiais simples, que são colocados em locais que simulam um ambiente adequado para o mosquito. “Colocamos um atrativo junto com a água dentro de um recipiente plástico para que as fêmeas coloquem os ovos. Deixamos a ovitrampa em um local da casa que não tenha acesso à chuva ou animais e, uma semana depois, voltamos para recolher a palheta, que é seca e lida no microscópio para análise dos dados”, complementa a gerente.

Parceria

Em fevereiro de 2025, a Diretoria de Vigilância em Saúde Gerência de Endemias da SES enviou uma nota técnica para os municípios com orientações sobre o uso das ovitrampas, reforçando a necessidade de trabalho em conjunto das equipes municipais com o Lacen. “Sem o apoio dos municípios, fica praticamente impossível que desempenhemos o trabalho porque os agentes comunitários municipais são quem conhecem o território. É um trabalho em conjunto no sentido de diminuir os índices e consequentemente diminuir a quantidade de insetos e contaminação da população”, salienta Karine. 
 

Foto: Ascom FSPH
Foto: Ascom FSPH
Karine Dantas/Foto: Ascom FSPH