Em entrevista à CARAS Brasil, o endocrinologista pediátrico Miguel Liberato detalha o problema enfrentado por Maria Flor, filha do meio de Virginia e Zé Felipe.
Filha do meio de Virginia Fonseca (260 e Zé Felipe (26), Maria Flor (20) surgiu nas redes sociais na última segunda-feira, 7, com os olhos avermelhados e inchados e a influenciadora digital revelou o diagnóstico da pequena. “Tadinha gente, está com conjuntivite”, disse a famosa, na legenda das imagens publicadas nos stories do Instagram, sem dar mais detalhes sobre o quadro da herdeira. Em entrevista à CARAS Brasil, o endocrinologista pediátrico Miguel Liberato detalha a doença.
Segundo o especialista, a conjuntivite é um processo inflamatório. É uma inflamação da camada superficial e transparente que recobre a parte branca do olho e, diante dessa inflamação, ocorre a vermelhidão da região branca do olho. “Por isso, a principal característica da conjuntivite é a parte branca do olho ficar vermelha. Pode estar acompanhada ou não de secreção”, diz.
Ainda de acordo com o Liberato, esse processo inflamatório pode estar atrelado a processos infecciosos, principalmente, causados por vírus ou bactérias. “Além disso, a conjuntivite também pode ser causada por alergia, ou seja, por uma reação alérgica, o que chamamos de conjuntivite alérgica; ou ainda pelo contato com alguma substância química, a conjuntivite química”, informa o médico.
“Na maior parte das vezes, quando é uma conjuntivite causada por vírus e altamente contagiosa, o tratamento é suporte, limpeza local, compressa gelada e lavagem dos olhos. Já quando é causada por bactérias, podemos prescrever o uso de colírios de antibiótico e, quando possuem causa alérgica, o uso de anti-alérgicos é uma opção para o tratamento”, completa Miguel Liberato.
O médico afirma que como a maior parte das conjuntivites é de causa infecciosa, por bactéria ou por vírus, a medida de prevenção é, basicamente, a higiene das mãos com frequência, evitar grandes aglomerações em ambientes fechados, evitar tocar nos olhos sem higienizar as mãos, evitar compartilhamento de objetos como toalha, maquiagem.
“E nos casos de quem usa lente de contato, sempre ter um armazenamento adequado das lentes, além de não compartilha-las. Como a maior parte dos casos de conjuntivite se trata de um processo infeccioso, de contato direto, a prevenção consiste em bloquear a chegada desse vírus ou dessa bactéria até o olho, sendo a higienização adequada de mãos e objetos a melhor solução”, salienta o pediatra.
DEIXA SEQUELAS?
Liberato informa ainda que, geralmente, quando bem abordada, identificadas as causa e feito o tratamento correto, é difícil a conjuntivite deixar sequela. Porém, quando se observa uma alteração nos olhos, é importante procurar o atendimento médico para poder diferenciar as causas dessa conjuntivite e orientar o tratamento adequado. Dessa forma, reduzimos muito o risco de sequelas.
“As crianças acabam tendo uma propensão maior ao contágio porque elas têm uma noção de higiene pessoal menor. Acabam levando mais a mão aos olhos, e possuem um contato interpessoal maior do que os adultos (...). Tudo isso abre espaço para a contaminação”, finaliza.