Líder russo acredita não ser possível negociar com Kiev sob governo de Zelensky.
Vladimir Putin afirmou que a Ucrânia deveria ser colocada sob uma espécie de administração temporária neutra para que o país tenha novas eleições e assine acordos de paz.
O líder russo sugeriu que o hipotético novo governo poderia acontecer com apoio da Organização das Nações Unidas (ONU) e dos países europeus.
A fala ecoa o discurso de Putin de que não é possível negociar com Kiev sob o governo de Zelensky, já que o presidente ucraniano continuou no poder após o fim de seu mandato. As eleições no país foram canceladas por causa da guerra.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chegou a chamar Zelensky de ditador pelo mesmo motivo — depois, voltou atrás e disse não se lembrar de ter feito o comentário.
Trump quer que Zelensky aceite o acordo para exploração de riquezas minerais no solo da Ucrânia como forma de compensar o dinheiro americano enviado ao país durante a guerra.
Nesta sexta-feira (28), o presidente ucraniano disse que o rascunho do plano ainda precisa ser avaliado pelo governo antes de responder a proposta. Também impôs condições dizendo que não aceitará acordos que coloquem em risco a integração ucraniana com a União Europeia (UE).
A mediação de Washington na guerra entre a Rússia e a Ucrânia acontece ao mesmo tempo em que administração Trump alimenta suas ambições expansionistas.
Nesta sexta, o vice-presidente dos estados unidos, JD Vance, foi à Groenlândia, território que está na mira de Trump, mesmo sob protestos das autoridades locais.
Vance terminou a viagem, que inclui visita a uma base militar americana, afirmando que os EUA “não têm opção a não ser tomar uma posição significativa na Groenlândia para a segurança do território”. Ele acusou a Dinamarca de não fazer o suficiente para deixar a região segura.
“E porque acreditamos que o povo da Groenlândia é racional e bom, achamos que seremos capazes de fechar um acordo, no estilo Donald Trump, para garantir a segurança deste território, mas também dos Estados Unidos da América”, disse Vance.
O novo primeiro-ministro da Groenlândia, Jens-Frederik Nielsen, descreveu a visita de Vance como uma falta de respeito, e fez um apelo por união em meio às pressões externas.
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