Salah al-Bardaweel foi morto em ataque aéreo israelense em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza.
Um ataque aéreo israelense em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, matou Salah al-Bardaweel (foto), um dos principais líderes políticos do Hamas, na noite de sábado, 22. A morte foi confirmada pelo próprio grupo terrorista e por moradores da região, segundo as agências Reuters e BBC. A esposa de Bardaweel também foi morta no bombardeio.
O ataque ocorre em meio à retomada dos bombardeios israelenses em Gaza, menos de dois meses após um cessar-fogo firmado em janeiro.
O governo israelense afirma que o Hamas violou o acordo ao não libertar os 59 reféns que ainda mantém sob seu poder. Israel estima que pelo menos 35 deles já estejam mortos.
Neste domingo, as Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram a retomada das operações terrestres no norte de Gaza. Segundo os militares, a ofensiva tem o objetivo de destruir a infraestrutura do Hamas e criar uma zona de segurança na fronteira. Durante a operação, caças israelenses atingiram diversos alvos do grupo.
Ainda no domingo, as FDI emitiram um aviso de evacuação “urgente” para moradores do bairro de Tel Sultan, no sul de Rafah. Palestinos foram orientados a deixar a área a pé, seguindo pela estrada Gush Katif em direção à costa.
Na última sexta-feira, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmou que novas áreas da Faixa de Gaza poderão ser ocupadas caso o Hamas continue recusando um acordo para a libertação dos reféns.
Se o Hamas não libertar os sequestrados, instruí as FDI a capturar mais territórios e expandir a zona de segurança para proteger as comunidades israelenses e nossos soldados”, disse.
O conflito se intensificou após o fracasso de um cessar-fogo firmado em janeiro, que durou 42 dias e resultou na libertação de 30 reféns vivos e dos corpos de oito outros sequestrados, em troca de quase 2 mil prisioneiros palestinos.
O Hamas insiste na retomada do acordo para negociar a fase seguinte, que prevê a libertação dos reféns restantes e a retirada total das tropas israelenses de Gaza. Israel, no entanto, afirma que não encerrará a guerra antes de desmantelar a capacidade militar e governamental do Hamas.
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