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Estudo revela que dieta mediterrânea, com alimentos frescos, reduz chance de câncer.

Estudo revela que dieta mediterrânea, com alimentos frescos, reduz chance de câncer.

12/03/2025 19h17
Por: Redação Fonte: Agência Iclnoticias
Estudo revela que dieta mediterrânea, com alimentos frescos, reduz chance de câncer.

Estudo revela que dieta mediterrânea, com alimentos frescos, reduz chance de câncer.

 

Estudo analisou mais de 450.000 dados dietéticos e médicos de pessoas de 10 países diferentes.

Uma dieta baseada em alimentos oriundos do Mediterrâneo tem potencial para diminuir as chances de desenvolver câncer de próstata, cervical e colorretal. Além disso, ajuda a reduzir em até 17% a fatalidade por qualquer tipo de câncer entre as mulheres, segundo um estudo publicado recentemente na revista científica JAMA Network Open.

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O estudo observacional buscou entender de que forma essa dieta consegue reduzir o risco de câncer. Uma das autoras do estudo, Inmaculada Aguilera-Buenosvinos, cientista no departamento de medicina preventiva e saúde pública do Instituto de Pesquisa em Saúde da Universidade de Navarra em Pamplona, Espanha, revela que se viu surpresa ao perceber que a dieta ajuda a prevenir o câncer por outros meios além da perda de peso.

A dieta mediterrânea é conhecida pelo seu potencial de emagrecimento e consequente combate à obesidade — fator de risco para o câncer. “A adesão à dieta mediterrânea foi associada a um menor risco de câncer relacionado à obesidade, independentemente do IMC (índice de massa corporal) ou distribuição de gordura”, conta Aguilera-Buenosvinos. “Isso sugere que outros mecanismos — como redução da inflamação e melhora da saúde metabólica podem ser responsáveis pelos efeitos protetores”, disse a pesquisadora.

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A pesquisa analisou cerca de 450.000 dados dietéticos e médicos de participantes do estudo EPIC (European Prospective Investigation into Cancer and Nutrition). Os dados abrangeram pessoas entre 35 e 70 anos de 10 países diferentes, sendo eles Dinamarca, França, Alemanha, Holanda, Noruega, Suécia, Reino Unido, Grécia, Itália e Espanha — sendo que os três últimos países têm a dieta mediterrânea vastamente difundida em sua cultura.

Essa amostragem revelou que pessoas que seguiram mais rigorosamente a dieta mediterrânea tiveram cerca de 6% menos risco de desenvolver cânceres relacionados à obesidade em comparação com aqueles com menor adesão à dieta.

De acordo com Aguilera-Buenosvinos, essa pequena redução no risco individual pode se traduzir em milhares de casos de câncer evitáveis, quando aplicada a nível populacional. “Promover a adesão à Dieta Mediterrânea como um padrão alimentar de baixo custo, acessível e sustentável poderia ter um grande impacto nas estratégias de prevenção do câncer”, afirma a cientista.

“Tudo bem ter uma refeição ‘fora da dieta’ de vez em quando”, afirma Neil Iyengar, professor associado de medicina no Weill Cornell Medical College e oncologista de câncer de mama. “A dieta teve um efeito protetor ainda maior para fumantes, provavelmente porque fumantes começam com um risco maior em comparação com não-fumantes”.

O estudo não encontrou evidências de que a dieta mediterrânea reduziu o risco de cânceres hormonais, como cânceres de mama, um resultado que contradiz pesquisas anteriores.

Dieta mediterrânea tem alimentos frescos

A dieta mediterrânea é baseada em plantas. As refeições geralmente são compostas por frutas, vegetais, grãos integrais, feijões, sementes e alguns tipos de nozes, além do azeite de oliva extra virgem, parte essencial dessa dieta. Raramente outros tipos de gordura além do azeite são integrados à dieta; alimentos refinados, como o açúcar, também são evitados.

Exemplos de alimentos da dieta mediterrânea (Foto: Reprodução)

A nutricionista de bem-estar no Centro de Câncer MD Anderson da Universidade do Texas em Houston, Lindsey Wohlford, explica que uma alimentação que segue esses moldes é tica em fibras, que contribuem para a saciedade e apoiam um microbioma saudável.

“As plantas também são repletas de antioxidantes e fitonutrientes, que parecem reduzir a inflamação no corpo. Precisamos comer uma variedade de plantas para obter os diferentes nutrientes e antioxidantes que podem ajudar a reduzir o risco geral de câncer”, aponta a nutricionista.

Carnes vermelhas também então no plano alimentar de quem segue a dieta mediterrânea, mas geralmente é usada com moderação, apenas para dar sabor a um prato. Comer peixes gordurosos saudáveis, ricos em ácidos graxos ômega-3, é incentivado, enquanto ovos, laticínios e aves são consumidos em porções muito menores do que na dieta ocidental tradicional.

“O que colocamos em nossos corpos todos os dias pode impactar quase todas as funções do nosso corpo por meio de hormônios, tecido adiposo e muscular, e o delicado equilíbrio de bactérias em nosso intestino”, afirma Iyengar. “Consumir uma dieta minimamente processada e baseada em vegetais pode ajudar a reduzir ou até mesmo reverter o dano oxidativo que uma dieta ruim pode causar ao nosso corpo”, diz o pesquisador.

 
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